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Caso de Guaratuba traz à tona a discussão sobre o idoso

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Foi divulgado nesta semana um vídeo que mostrou que a violência contra o idoso pode estar mais perto de nós do que podemos imaginar. Em Guaratuba, no litoral do Paraná, uma senhora de quase 80 anos foi agredida, enquanto tomava banho na parte de fora da casa, com pancadas na cabeça e vassouradas pela sobrinha, que jogava sabão em pó no rosto da idosa. O vídeo foi gravado por uma turista que havia alugado um apartamento em um prédio vizinho a casa onde ocorreu o crime.

Este fato gerou grande repercussão na mídia e trouxe à tona a discussão sobre a violência contra o idoso e alertou a população sobre as leis do Estatuto do Idoso. No mês passado a psicóloga do CREAS, Simone Vicenti, revelou, durante na IV Conferência Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa, que pessoas com mais de 60 anos são a segunda maior demanda das vítimas de violência neste município. Ela também explicou que, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), caracteriza violência qualquer “ato de acometimento ou omissão, que pode ser tanto intencional como involuntário”. E, de acordo com o Ministério da Saúde, tais atos envolvem qualquer fator que cause sofrimento ou angústia à pessoa idosa, como abuso sexual, violência física, abuso emocional ou psicológico, exploração financeira ou material, negligência, abandono e até mesmo autonegligência.

Com o intuito de orientar os gestores, em Araucária, existe o Conselho Municipal dos Direitos do Idoso (CMDI), que há quatro anos tem grande atuação e militância. Atualmente o CMDI tem seis cadeiras ocupadas por representantes do campo governamental das Secretarias de Cultura e Turismo, de Governo, de Saúde, de Assistência Social, de Educação e de Esporte e Lazer; seis do não governamental, ocupadas pelo SIFAR, ONG Caminhos do Sol, APMI, SINDINAP e duas representantes da pessoa idosa, eleitas durante a última Conferência; e, ainda, uma da Câmara de Vereadores. A presidente Maria Cristina da Luz ocupa cadeira governamental.

Hoje há três comissões que subdividem o Conselho. A comissão do fundo, que está sendo criada; a comissão de comunicação, que divulga as ações no site e páginas na internet; e a comissão de fiscalização e políticas públicas. De acordo com a presidente, o CMDI tem uma postura democrática, de caráter consultivo e fiscalizador. O Conselho não executa políticas nem apura denúncias, mas faz recomendações ao poder público, com o qual tem contato direto, de ações para melhoria na qualidade de vida do idoso.

Se você sabe de casos de violência contra o idoso, faça uma denúncia que acontece de forma sigilosa ao Disque Idoso Paraná através do número 0800 410 001.