Coronavírus: Medo e Ansiedade

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Situações de risco de vida, perigos a entes queridos ou ainda situações que coloquem à prova toda forma de liberdade geram consequências graves em nossa saúde mental.

Nesse momento de Pandemia, medidas para reduzir implicações psicológicas não devem ser desprezadas. Desdobramentos negativos associados à doença podem ser mais duradouros e prevalentes que o próprio acometimento pela Covid-19. Explicando melhor, estamos frente a um vírus potencialmente fatal, de rápido contágio, cuja origem, natureza e curso ainda são pouco conhecidos. Imaginemos o quanto isso afeta o bem estar psicológico das pessoas. Estados de estresse, ansiedade e até mesmo depressão são identificados na população em geral.

Suicídios já foram relatados intimamente ligados à pandemia. Somam-se a esses fatores todas as medidas de contenção, distanciamento e isolamento sociais determinadas pelo poder público, visando redução do número de contaminados. Concordando ou não, não há fórmula mágica para tal, erros e acertos acontecem. Situações de estresse elevado, raiva, preocupações com a escassez de suprimentos, perdas financeiras…, medo de morrer, medo de infectar outras pessoas, medo de se afastar ou sofrer abandono nas relações com familiares e amigos, redução de interações sociais….

Imaginem que estejamos em alerta a todo e qualquer sintoma que possa sugerir a doença, verificando temperatura corporal excessivamente, tendo a sensação de falta de ar por outras causas, inclusive pela própria ansiedade mais comumente. Situações assim são extremamente comuns e acabam confundindo os sinais da doença, levando-nos, desnecessariamente, à procura dos serviços de saúde.

Dentre os poucos estudos relacionados à pandemia do Coronavírus, destaca-se um dado em especial em que 75,2% referiam medo de seus familiares contraírem a doença. O que pode ser mais ansiogênico que isso?!!! Precisamos identificar quando estamos assim e reagir. Nossa saúde depende disso.

Estratégias de promoção de bem-estar psicológico, reorganização de rotinas diárias em condições seguras, cuidados com o sono, prática de atividade física (essencial) bem como técnicas de relaxamento dentre outras possibilidades nos auxiliarão imensamente.

Manter-nos conectados mesmo à distância, demonstrar afeto aos outros, combater a solidão e o desamparo são atitudes muito eficazes nesses momentos. Crianças exigirão mais cuidados por serem mais sensíveis a mudanças de rotinas, logo, ter rotina para elas é essencial.

Teremos perdas afetivas, de vidas, financeiras, mas podemos ganhar muito em humanidade, contrapor o egoísmo e o imediatismo, renunciar às recompensas imediatas para lucrarmos no futuro. Certamente não é fácil olharmos o que nos acontece e sermos altruístas, retirar lições melhores dentro de toda a tragédia que nos cerca, mas não há dávidas que se nos mantivermos atentos apenas aos fatos negativos, não conseguiremos sair do ciclo interminável de negatividade e sofrimento. Não fique só, procure ajuda sempre.

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Publicado na edição 1262 – 20/05/2021

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