Não é de hoje os moradores de Araucária se perguntam para onde vai o dinheiro que abastece os cofres públicos municipais. Há que se dizer que a pergunta que outrora despertava as mais diversas teorias ganhou algumas respostas quando as ações do Ministério Público local começaram a desnudar alguns esquemas de corrupção que infelizmente sangraram os cofres públicos por sabe-se lá quantos anos.

É fato também que essa torneira fechada pela ação do MP somada ao jeito Hissam Hussein Dehaini de governar apresentaram ao morador local uma nova Araucária. E não se trata aqui de defender a gestão de Hissam ou mesmo de avalizá-la. Trata-se apenas de constatar fatos confirmados pelas urnas na acachapante reeleição obtida por ele no ano de 2020.

Essa nova Araucária apresentada por Hissam ao eleitorado é a Araucária da passagem barata, da área rural asfaltada, da cidade iluminada, da fila de cmeis zerada, da autoestima araucariense recuperada.

Obviamente, dizer que a gestão de Hissam melhorou Araucária em vários aspectos não quer dizer que o trabalho esteja terminado. Muito pelo contrário. Ainda há muito por se fazer e talvez, principalmente em termos de governança e reformas.

É justamente por isso que é alentador saber e noticiar que a Prefeitura celebrou contrato com a Fundação Instituto de Administração (FIA), braço da conceituada Universidade de São Paulo (USP) para diagnosticar e propor ações que permitam uma reforma administrativa e previdenciária em âmbito municipal. Esta tende a ser, se levada a cabo, a mais importante ação de governo de Hissam em seus dois mandatos e a comprovação cabal de estamos diante de um gestor realmente preocupado com as futuras gerações. Sim, porque se não discutirmos francamente a política de pessoal e de previdência de nossa cidade estamos condenados a, num curto espaço de tempo, inviabilizar economicamente o Município. Por mais que sejamos uma cidade pujante em termos de recursos, somos também pujantes na gastança desses recursos. E onde se gasta massivamente essa grana toda? Não é em publicidade! Não é em asfalto! Não é em medicamentos! Não é em habitação! Não é em LED. Não é em transporte coletivo. É, sim, em pagamento de salários e previdência. Logo, precisamos discutir abertamente com a sociedade essas questões. E qualquer discussão nesse sentido precisa ser feita com dados, com ciência, com diagnóstico. Boa leitura!

Publicado na edição 1274 – 12/08/2021