Estamos voltando

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O universo escolar sempre foi visto como um ambiente onde se busca conhecimento, preparo, treino, onde vamos para desenvolver da melhor forma possível nossos dons, compensar nossos defeitos, abrir as portas para nossas capacidades, saber quem somos, de onde viemos e, principalmente para onde vamos. A escola desenvolve também um senso de pertencimento. Que pertencemos a uma sociedade, um grupo de amigos, a uma pátria. Que há mais coisas que nos unem do que os laços familiares. É na escola que a pessoa se humaniza. Onde viramos gente. Gente que se importa com os outros, que aprende o que podemos querer em conjunto. Também é o lugar onde fazemos os primeiros amigos. Os temporários e aqueles que teremos para sempre.

Essa epidemia tirou muito disso de nós. Coisas que mesmo a dedicação dos professores e da rede escolar não conseguiram compensar com o ensino remoto. É preciso parabenizar a todos que estiveram envolvidos no ensino remoto. Realmente foi um grande desafio, onde capacidades nunca antes treinadas tiveram que ser desenvolvidas. Porém sabemos que nem tudo foi compensado. Há coisas que ficaram pendentes. Coisas que só a educação presencial propicia.

A decisão é controversa. Mas muitos pais e professores sentiam a necessidade de, pelo menos em parte, fazermos um retorno, uma tentativa. Hoje conhecemos a doença melhor do que no começo, hoje temos recursos para minorar as possibilidades de contágio. Há ainda o fato de que é facultado aos pais optarem por continuar com o ensino remoto até que julguem seguro o retorno definitivo. Os riscos para quem voltou? Bem, eles existem. Mas sempre estiveram presentes nos mercados, filas de banco, ruas, avenidas, praças. O risco existe, mas os protocolos de segurança diminuem drasticamente nas escolas o risco de contágio. Não vai haver recreio, não vai haver aglomeração. Os alunos serão divididos em revezamento para que não venham todos de uma vez. As pessoas ansiavam por ver gente, conversar, mesmo que de longe, de máscara. Um ano e meio de isolamento mexe com a cabeça de qualquer um. Se não der certo sabemos que a aula remota pode ser retornada. Pelo menos não ficamos encolhidos em casa. Boa leitura.

Publicado na edição 1273 – 05/08/2021

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