O Karma não é um castigo, tampouco um resultado de pecado, pois ninguém está em dívida com alguma entidade divina. Se Deus é a manifestação do amor em sua totalidade, então Ele não é um ser egoísta ou volúvel, que abençoa alguém em um momento de inspiração e, em outro, o coloca em apuros. Tais com portamentos refletem mais a mente humana do que a essência do “Divino”, e felizmente, atualmente, são tratados com mais cuidado pela psico terapia clínica. A melhor maneira de definir o karma é como uma questão de escolha!
Em quase todas as visões espirituais, o ser humano é considerado dotado de livre arbítrio, e para muitos, isso pode ser assustador! Ser livre implica em assumir a responsabilidade por nossas ações: construir ou destruir, aprender ou estagnar, trabalhar ou procrastinar, cultivar relacionamentos ou isolar-se.
A partir dessas ações, ou da ausência delas, nos deparamos com o que chamamos de “karma”. Prefiro utilizar o termo “aprendizado” para descrever essa ideia. As consequências de nossas escolhas se mani festam como desafios pessoais, nos levando a questionar se desejamos permanecer em certo padrão de vida ou se optamos por avançar.
Um exemplo claro disso é o desempenho escolar. O sucesso não depende apenas de pequenos gestos de cortesia, como oferecer uma maçã à professora diariamente, não que o fruto seja proibido. As gentilezas são importantes para melhorar as relações, mas para avançar de ano, é necessário demonstrar o aprendizado e as habilidades necessárias para aquele nível específico. A avaliação surge da necessidade de aplicar o conhecimento adquirido e identificar áreas para aprimoramento.
O resultado, seja positivo ou negativo, é consequência das escolhas individuais, não do humor da “profê”. A partir dessa avaliação, cabe ao alu no refletir: “Quero melhorar meu desempenho escolar ou continuar dedicando muito tempo ao videogame?” A decisão é dele.
Da mesma forma, em nossa jornada espiritual, temos um certo nível de conhecimento que determina nosso progresso. Nossos desafios, representados pelos “karmas”, são oportunidades de aprendizado e evolução. Superamos o karma quando compreendemos que mudar de “escola” ou desejar escapar das lições da vida não alterará as consequências de nossas escolhas. A melhor maneira de lidar com nossos desafios é reconhecendo as lições que eles nos proporcionam e nos questionando: “O que essa situação está me ensinando para que eu possa crescer?”
Abandone a mentalidade de vítima, de pecador ou de inimigo do Altíssimo. Explore o poder espiritual que você possui para avançar em sua jornada, cumprindo suas responsabilidades e entendendo que não há como escapar dos desafios que você mesmo escolheu enfrentar. Desejo que faça bom uso de seu livre arbítrio! Sigam-me em @tarodafortuna.