Há alguns dias, a comunidade do bairro Capela Velha se surpreendeu com a notícia que o diretor Alessandro Vieira Rosa deixou a gestão do Colégio Estadual Professora Agalvira de Bittencourt Pinto, onde atuou por 13 anos.

Por um pequeno período, Alessandro foi diretor auxiliar, mas acabou trocando de posto com a diretora-geral. Ele conta que o colégio foi um dos lugares em que mais foi feliz, houve bastante dificuldade do início, mas que saiu do cargo deixando muito carinho e amor.

“Saí chorando, teve despedida. Saio com sensação de dever cumprido. Como diretor tive muito aprendizado”, relata.

Ele explica que já enfrentou bastante contratempos, mas que ama o que faz e que, ao pensar no melhor para os alunos e para a comunidade, essas dificuldades eram apenas obstáculos a serem ultrapassados. “Foi um ciclo que se fechou, choro muito ainda, mas estou muito feliz. O novo diretor, o Cosme, foi meu aluno, meu vizinho, meu professor, foi vice-diretor e deixei ele como diretor agora. Como dizem na escola, ficou o meu pupilo, é como se eu tivesse deixado para um filho. Então, fico muito feliz com a minha saída apesar da tristeza”, o ex-diretor se emociona.

Voltando no tempo, Alessandro relembra uma memória marcante durante sua atuação na direção do Colégio. Por volta de 2015, um portão foi instalado ao redor da quadra de esporte. Ele conta que, no começo, houve muitas dúvidas de funcionários referente a essa instalação, já que desconfiavam que os alunos pudessem danificá-lo. O portão foi colocado, e Alessandro diz que orientou bastante os alunos sobre a importância da preservação. “O portão está lá até hoje. Obviamente, foi trocado e melhorado. Não apenas isso, também recuperamos toda a quadra, foi trocada a cobertura, e hoje o local tem câmera, uma boa iluminação e não chove mais dentro”, explica.

Outra lembrança que o deixa nostálgico, foi quando pediu ajuda aos alunos para realizar a primeira pintura dos muros da instituição, que estavam com várias pichações. “Íamos no sábado lá, eu comprava bastante geladinho e passávamos o dia pintando a escola, é uma lembrança muito legal. A partir daí, começamos a contratar pintor, para fazer boas pinturas”, diz.

Alessandro também não deixa de citar a emoção de acompanhar o crescimento dos seus alunos, já que muitos iniciavam o fundamental e ficavam na escola até se formarem no ensino médio.

O que fazer agora?

O ex-diretor explica que o motivo da sua saída, foi devido a um concurso em que sua esposa foi aprovada no norte do Paraná, na cidade natal deles, São João do Ivaí. Ele relatou que, como o concurso dele é estadual, é mais fácil de fazer essa transição.

“Apareceu uma oportunidade de Deus, de ser diretor aqui no interior, em uma escola da cidade em que nasci. Nesse momento, planejo ser tão feliz aqui sendo diretor, quanto fui em Araucária. E desejo a todos que conviveram um pouco comigo, também encontrem essa felicidade”, Alessandro expressa.

Mensagem para alunos e funcionários

Alessandro se emociona ao dizer que ama seus alunos do Colégio Agalvira, e ainda manda um recado dizendo que eles podem ser o que quiserem e possuem a capacidade para fazer isso.

“É um bairro de alunos muito guerreiros, que lutam pela vida e isso faz deles muito fortes e eu tenho convicção que eles vão vencer na vida. Amo muito as minhas crianças, como eu os chamava, quero que eles sejam muito felizes e acredito nisso. Estou sempre à disposição deles para o que der e vier”, declara.

Aos funcionários, o ex-diretor expressa sua gratidão pelo apoio e ajuda em melhor a escola cada vez mais. “Podia até ser o líder daquele exército, mas eu tinha os meus guerreiros sempre a postos. A minha equipe de professores, eu acho que o resultado desses índices da escola, é competência deles. A gente passava todas as missões e eles cumpriam. Então, só tenho a agradecê-los imensamente”.

Alessandro finaliza agradecendo pelo tempo em que esteve na direção do Colégio, e aos moradores de Araucária de forma geral, que sempre o trataram com muito amor e carinho por todos os anos que morou no município.

Edição n.º 1451. Victória Malinowski.