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Família quer justiça pela morte do mascate Agnaldo Tenca

Agnaldo Tenca foi morto de forma cruel, enquanto trabalhava. Foto: divulgação
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Família quer justiça pela morte do mascate Agnaldo Tenca
Agnaldo Tenca foi morto a tiros na rua Primavera, no Campina da Barra

 

A família do vendedor de enxovais, Agnaldo Tenca, 45 anos, assassinado a tiros no dia 4 de junho, no bairro Campina da Barra, está clamando por justiça.

Para relembrar o caso, no momento do assassinato, a esposa da vítima estava com o marido no carro e contou que um homem de cor negra saiu de um matagal na mesma rua e aproximou-se do casal. Agnaldo foi atendê-lo, achando que poderia ser um cliente, quando o indivíduo efetuou os disparos. Em seguida, o autor fugiu pelo mesmo local de onde que havia aparecido.

Um dos familiares afirmou que não deixarão este caso virar somente mais um nas estatísticas. “A cautela é necessária, mas não vamos deixar o caso cair no esquecimento. Inclusive, estamos nos programando para realizar, em breve, uma manifestação na cidade, juntamente à parentes e amigos do Agnaldo que seguem também inconformados com a situação”, disse.

De acordo com este familiar, recentemente um dos irmãos de Agnaldo recebeu uma ligação sendo ameaçado por estar buscando resolução para o caso e apuração da autoria. “O Agnaldo trabalhava com um irmão na venda daqueles produtos. Na data do homicídio, ele recebeu uma ligação, de um possível cliente, pedindo para que fosse mostrar os enxovais no tal endereço. Como não era o setor que ele atendia, acabou ligando para o irmão para ter mais informações. Mas o irmão disse para o Agnaldo não ir ao local, que ele não conhecia a região e que provavelmente era uma ‘fria’. Cerca de 40 minutos depois o Agnaldo, mesmo recebendo a orientação do irmão, acabou indo e a tragédia aconteceu”, relatou.

De acordo com o familiar, os irmãos tinham uma excelente relação, até mesmo profissional. “Por isso, não entendemos o motivo pelo qual o Agnaldo, mesmo assim, foi ao endereço solicitado”, apontou, acrescentando que a família acredita que ele pode ter sido convencido a ir na rua Primavera, a partir de uma segunda conversa.

Segundo ele, o laudo do Instituto Médico Legal (IML) já foi recebido, mas segue inconclusivo. “Ao que sabemos, o laudo apontou que o corpo de Agnaldo foi mexido na cena do crime. Provavelmente, alguém deve ter visto quem mexeu e por qual motivo mexeu. Mas a Delegacia de Polícia Civil de Araucária ainda não nos apontou nada neste sentido da investigação”, declarou. O familiar imagina que o corpo pode ter sido mexido para que fosse pego o celular de Agnaldo, visto que teria sido apagada a mensagem recebida do irmão.

“Infelizmente estamos sentindo que as investigações por parte da Delegacia não estão avançando. Talvez não seja culpa da Polícia Civil, mas sim do sistema, visto que a toda hora surgem novos casos. Mas a impressão que temos é que a DP está aguardando uma prova cair do céu”, informou. O familiar ainda comentou que, até onde ele sabe, não foi realizado retrato falado do criminoso. “A esposa do Agnaldo teria dito que não tinha condições de realizar o retrato, pois afirmou que ficou muito nervosa no momento do assassinato e não lembrava as características do autor. Agora, haveria a possibilidade de realizar hipnose para que ela se lembrasse do suspeito”, pontuou. Ele ainda ressaltou que a medida que o tempo passa, provas importantes podem estar sendo perdidas ou descaracterizadas.

Por outro lado, a DP de Araucária afirmou que as diligências estão acontecendo e que estão seguindo uma linha de investigação. Entretanto, maiores detalhes do caso não poderiam ser divulgados.

Foto: divulgação

Publicado na edição 1121 – 12/07/18