A Polícia Civil avançou nas investigações em torno da morte da jovem Roseane Soares de Araújo, de 28 anos, cujo corpo foi encontrado em um matagal no bairro Campina da Barra, na tarde de quarta-feira (24/07). Ela estava desaparecida desde sábado (20/07). O principal suspeito pelo crime, Kennedy dos Santos, 31 anos, foi preso pela Guarda Municipal de Araucária por volta da 1h30 da madrugada de quinta-feira (25), na Rua Leônidas Poly, no bairro Costeira, antes mesmo de o crime ter sido desvendado.
Segundo o delegado da PCPR, Felipe Martins, o suspeito era um amigo de Roseane, com quem ela estava acompanhada no último final de semana.
Roseane foi encontrada com a calça abaixada e sinais no pescoço. Para a polícia, ela foi morta por asfixia. “Aguardamos o laudo, porém havia sinais de que a morte possa ter sido por asfixia e não descartamos essa hipótese. Vamos aguardar os resultados de alguns exames, porque o suspeito também foi questionado e nega qualquer tipo de violência sexual”, disse o delegado.
Kennedy assumiu a autoria do crime e relatou que tinha saído com a vítima, disse que eram amigos e que saíram por vários bares, onde beberam juntos. “Ele contou que em determinado momento eles se desentenderam, e num momento de fúria, acabou tirando a vida da vítima e fugiu do local levando o carro dela”, revela Martins.
Após o suspeito ter sido preso em flagrante por outro crime, as investigações avançaram e a polícia entendeu que havia ligação com a morte. “Ele foi preso por tráfico de drogas, mas nesse intervalo entre a prisão em flagrante, já pedimos a prisão temporária e aguardamos a decisão judicial”.
Segundo o delegado, os laudos inclusive são as peças que faltam para concluir o inquérito. “Já temos a autoria e elementos informativos que apontam o autor do crime. Avançamos bastante”, comentou o delegado.
Sobre a prisão
Kennedy dos Santos foi preso por uma equipe da Guarda Municipal que fazia um patrulhamento pela região do Costeira. Os agentes receberam a informação de uma testemunha, de que um suspeito estaria vendendo drogas no local. No momento da abordagem, ele correu para dentro de casa, e durante a fuga dispensou um invólucro contendo cocaína.
Ao ser indagado pela equipe sobre a tentativa de fuga, ele relatou que estava comercializando drogas, pois precisava de dinheiro urgentemente para fugir da cidade. Disse, inclusive, que estava sendo acusado de ser o responsável pelo homicídio de uma moça, e também temia pela sua vida, porque pessoas envolvidas no crime estariam em seu encalço. Ele não soube dizer o nome dos comparsas, apenas seus apelidos: “Patinho” e “Feijão”.