Immanuel Kant

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Nasceu, viveu e morreu na cidade de Königsberg, então uma cidade do império Prusso, ou alemão, o que dá na mesma. Viveu 80 anos. Só teve tempo para pensar, escrever e lecionar nessa vida. Nunca casou nem teve filhos. Pelo jeito o que pensava praticava e rascunhava. Foi o homem da razão pura. Logo não torcia para nada, para não ter de distorcer sua opinião. Era tão metódico que nunca se ausentou da cidade mesmo assim influenciou até a Revolução Francesa. Rousseau se aconselhava com Kant. Diz uma lenda que a janela de seu quarto era uma espécie de relógio da cidade, pois abria e fechava pontualmente. Influenciou as reflexões dos pensadores do século XIX e XX. Foi um dos maiores filósofos da era moderna. Conseguia provar e comprovar através de teses, antíteses e sínteses o que era isso ou aquilo, até que o Rei da Prússia o proibisse de escrever sobre assuntos religiosos.

Sua obra é mais facilmente entendida para quem aprecia física quântica, as comparações são inevitáveis. No postulado: “Em toda variação dos fenômenos permanece a substância, e o quantum da mesma não é alterado na natureza”, e nas questões onde Kant aborda “sobre as formas do espaço e do tempo”, há uma similaridade com o Princípio da Incerteza de Heisenberg, que é básico na mecânica quântica (parte da ciência que melhor descreve o funcionamento do núcleo atômico da matéria).Outro fã seu de carterinha foi o Albert Einstein. Nessa altura do conhecimento humano não se distingue mais o que é onda eletromagnética de partículas de massa. Interessante que as questões relacionadas ao núcleo do átomo (matéria), só seriam estudados com profundidade um século após sua morte, pelo pessoal da Escola de Kopenhagen.

Não por acaso situado do outro lado do Mar Báltico, afinal só o conhecimento é eterno. Königsberg, a cidade das sete pontes, ao contrário do pacato Kant, sempre foi uma cidade em disputa política, pelo alto nível de efervescência intelectual do lugar. Após a segunda guerra, os russos tomaram-na dos alemães. O nome foi trocado para Kaliningrado, e é hoje um pedaço da Rússia entre a Polônia e a Letônia.

Texto: EDILSON BUENO

Publicado na edição 1271 – 22/07/2021

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