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Jovem supera quadro grave de Covid 19 e volta para casa
O jovem Douglas é um sobrevivente da Covid 19. Foto: divulgação

A família de Douglas Inácio Costa, 25 anos, chama de milagre o que aconteceu com o jovem. De fato, a história impressiona, porque Douglas, morador do jardim Santa Eulália, sofre de alguns problemas físicos e neurológicos e é um dos sobreviventes da Covid 19, na forma mais grave da doença: a entubação. Sua internação ocorreu no dia 24 de março, no Centro Covid de Araucária. No dia 26, ele foi transferido para o Hospital do Rocio, em Campo Largo. Recebeu cuidados médicos em um leito normal até a noite do dia 29, quando precisou ser entubado e teve uma parada cardíaca.

A família conta que durante a pandemia redobrou os cuidados com o jovem, até mesmo pela sua condição de saúde, mesmo assim, ele acabou contraindo a doença. “O período em que ele ficou no hospital, 35 dias na UTI, foi extremamente doloroso para todos nós. Ele não podia receber visitas, nem chamada de vídeo, somente íamos três vezes na semana conversar com os médicos e receber o boletim sobre a sua condição. Tínhamos que buscar forças para enfrentar tudo isso”, relatou a cunhada Gessica.

Chegou um dia que o médico disse à família que o Douglas estava com 90% do pulmão comprometido. “Achamos o cúmulo, pois ele é como uma criança, não fala, não anda sozinho, nunca fumou e nem bebeu, nunca foi em uma festa e nem ao menos teve uma namorada. Os médicos perguntaram se minha sogra acreditava em Deus, e chegaram a dizer que ele só sairia de lá por um milagre. Só Deus sabe quantas vezes fizemos o caminho de Araucária a Campo Largo chorando, murmurando, perguntando a Deus o porquê de isso ter acontecido na nossa família. Nosso carro ficava pequeno para tanto sofrimento”, relatou Alex, o irmão.

O tempo de internação ia passando e Douglas não apresentava melhora. Os médicos tentaram desentubá-lo algumas vezes, mas ele não reagia mais sem os aparelhos. “Pediram que nós mandássemos áudios da família para que colocassem para ele ouvir, para mexer com os sentimentos dele, ver se mostrava algum sinal, e nada. Pediram então que minha sogra entrasse para vê-lo, para conversar e acariciar ele, para chamarmos ele e dizer o quanto era amado e que estávamos esperando por ele aqui fora. Depois do primeiro contato com a mãe ele teve uma grande melhora. Dois dias se passaram e após 35 dias de UTI, ele finalmente foi desentubado e transferido para o quarto, no dia 4 de maio, e no dia 7, teve alta. Foi um momento de grande emoção e alegria para todos nós. Com certeza este foi o melhor presente de dia das mães para a minha sogra. Nossa casa e nossos corações se encheram de amor e alegria. Estamos gratos com o amor e compaixão de Deus conosco, nosso menino é um milagre!”, comemora Gessica.

Texto: Maurenn Bernardo

Publicado na edição 1261 – 13/05/2021

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