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Nicolau Maquiavel foi o primeiro escritor a retratar os bastidores do poder de forma realista. Não poupou seus raros leitores e por isso virou sinônimo de maldade, erroneamente. Isto ocorreu em 1519 e já havia uma forte crítica no reino para infelicidade dele. Um de seus conselhos era: “Um líder para obter sucesso deveria estar cercado de ministros leais, competentes e confiáveis”.

Transpondo para o ano da graça de 2021, em nosso contexto, pois assim pede o texto, já se passaram quase 500 anos e a lição básica, está sendo bem praticada pelo manda chuva Hissan Dehaini que é muito pratico neste quesito mesmo sem ter conhecido o tal Maquiavel. Poucos, mas leais, ainda assim nos parece de difícil assimilação para alguns membros da classe menos familiarizados às regras, e por isso mesmo rebeldes em relação à liturgia da hierarquia. Claro que essa Administração é singular em todos os sentidos. A começar pela própria aclamação do ungido pelas urnas, 70% não é pra qualquer um. Ninguém em sã consciência vai peitar o Chefe e assim ele não precisará defenestrar os desleais pelas janelas do quarto andar por fofocas e intrigas que o meio incita, pois o poder ascende, ou acende conforme o devaneio de cada um, afinal a lealdade sempre pode e deve ser mantida. Óbvio que sempre é tempo de vigilância para que alguns se adaptem melhor. Quem esta prestigiado é porque cuida da fidelidade e conhece o perfil do chefe, na política sempre há tempo.

Nos Reinados antigos havia uma frase simbólica e de fácil assimilação pela corte, quando havia sucessão e esse tempo vai chegar em 2024, o último ano de mandato. Afinal cada governante tem seu próprio estilo, é uma singularidade que nos diferencia como seres humanos. Para quem já anda com insônia recomendaria a Leitura de Eclesiastes: Existe tempo para tudo nesta vida. Há tempo de semear e tempo de colher. Tempo de ajuntar as pedras e tempo de arremessá-las… É por aí o caminho…

Texto: EDILSON BUENO

Publicado na edição 1258 – 22/04/2021

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