Moradores do Residencial Azaleia, localizado na rua Estanislau Wojcik, no bairro Tindiquera, reclamam de problemas que teriam sido deixados pela VKR Empreendimentos Imobiliários e que estariam em desconformidade com o projeto apresentado na assinatura do contrato. O atraso na entrega dos apartamentos, que inicialmente estava prevista para agosto de 2016 e foi entregue em dezembro; a previsão contratual de sete playgrounds e a entrega de apenas três; a pista de caminhada inacabada e com desníveis e que possui pedregulhos ao invés de pavimento; o portão de entrada e saída do condomínio, que impossibilita a entrada e saída ao mesmo tempo, e a entrada de acesso bastante estreita; as infiltrações nos apartamentos; a falta de postes de iluminação na área residencial; e a falta de banheiros no bosque, estão entre as reclamações que tem trazido dores de cabeça aos proprietários.
O síndico do residencial, Luiz Fernando de Oliveira, disse que todos estes problemas já foram comunicados à construtora e que há seis meses tenta um diálogo, na esperança de resolvê-los. “As falhas apresentadas são muitas, desde a falta de acabamentos até a falta de equipamentos previstos em contrato. Só estamos querendo o que nos prometeram em projeto, quando assinamos o contrato. Eles estipularam um prazo até o dia 10 de julho, mas o tempo se esgotou e eles não providenciaram os serviços, assim fica difícil”, comentou.
Luiz disse ainda que solicitou uma cópia do projeto para a construtora, para comprovar que a obra havia sido entregue incompleta, mas como não conseguiu, solicitou uma cópia junto à Prefeitura, e constatou que muitas coisas que estavam previstas, não foram cumpridas. “Na placa do plantão de vendas já temos um exemplo disso, quando mostra que residencial tem sete playgrounds e na verdade tem apenas três”, argumentou.
Tudo em ordem
O proprietário da VKR, Vanderlei Ribeiro, argumentou que na ocasião da venda, todos os proprietários dos apartamentos receberam o memorial descritivo da obra, onde consta que eles adquiriram exatamente o que estava previsto. “O síndico foi na Prefeitura e buscou um projeto que apresentamos na época em que demos entrada no pedido de aprovação, mas o projeto sofreu algumas adaptações depois disso, e estas constavam no memorial descritivo”, explicou.
Vanderlei disse que foram feitas readequações dos playgrounds e se contar as praças de convívio existentes dentro do condomínio, totalizam sete. Os portões estão dentro das normas, com a largura mínima exigida. Quanto a pista de caminhada, explicou que obteve licença do IAP para construir uma pista com piso permeável, por estar em uma Área de Preservação Ambiental (APA), assim como o muro que circula o bosque, que foi erguido com parte em alvenaria e outra parte com grades por fazer divisa com a APA, mas que nos demais trechos foi feito um muro com mais de 1,80 metros, acima do permitido.
“Com relação às demandas técnicas, como iluminação e infiltrações, além de outros problemas apresentados pelos moradores, estamos fazendo as correções. Nossa equipe está trabalhando no local, não abandonamos a obra, como muitos sugeriram. Não deixamos nenhum dos nossos empreendimentos sem atender as demandas”, esclareceu Vanderlei.
O residencial Azaleia tem sete blocos, com 24 apartamentos cada. Atualmente está com 168 moradores.
Com relação à obtenção do certificado de construção de vistoria de obras, documento necessário para liberar os apartamentos para os moradores, a Prefeitura informou que a fiscalização leva em conta apenas o que está previsto no projeto. Um exemplo: sobre a informação de que moradores alegam que “a Construtora prometeu sete playgrounds, mas entregou apenas três”, de acordo com a equipe de fiscalização, no projeto constam apenas três parquinhos.
A Prefeitura também esclareceu que qualquer morador pode solicitar uma cópia do projeto para análise deste ou de outro empreendimento (há custas). A solicitação deve ser feita no Espaço Cidadão, que fica logo na entrada do Paço Municipal.
Texto: Maurenn Bernardo / Foto: Everson Santos