Março de 2020, mês da mulher, ano eleitoral, período mais do que propício para refletirmos sobre esses dois temas: Mulher e Política. Mesmo a palavra “Política” sendo um substantivo feminino, quando olhamos para a prática política nas instituições governamentais nos deparamos com um cenário majoritariamente masculino. Podemos analisar a porcentagem das cadeiras que são ocupadas por mulheres: 15% na Câmara Federal, 17% no Senado Federal, 11% na ALEP, 27% na Câmara Municipal de Araucária, 11% das prefeituras são lideradas por mulheres e apenas 1 governadora no Brasil. Porém, 52,5% do eleitorado nacional é feminino.
Vemos nesses dados que mesmo as mulheres sendo a maioria da população e a maior parte do número de eleitores, elas têm uma ínfima participação no espaço de decisões políticas. Muitos fatos dificultam o trajeto da mulher na corrida eleitoral: falta de recursos para campanhas, desmerecimento de seu trabalho ou de suas falas, falta de apoio da família, falta de apoio do partido e/ou base aliada, dupla jornada de trabalho, assédio ou violência política pelo simples fato de ser mulher, etc.
O aumento da participação feminina na política não depende apenas da vontade da mulher, a corrida eleitoral deve ser equalitária, e para isso todos os envolvidos no processo eleitoral devem focar suas atitudes visando esse propósito.