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Notas Políticas – Edição 1237

Pesquisa

Nesta edição, trazemos aos nossos leitores uma pesquisa de intenções de votos contratada pelo O Popular. É o segundo levantamento registrado junto à Justiça Eleitoral que publicamos neste período eleitoral.

Dados

Feita com critérios estatísticos, respeitando as bases censitárias do eleitorado araucariense, a pesquisa é, como se diz, uma fotografia do processo eleitoral em nossa cidade. A vantagem do atual prefeito Hissam Hussein Dehaini (Cidadania) é invejável. Porém, quando analisados os números de aprovação de sua gestão ao longo dos últimos, não chega a surpreender.

Atentos

Obviamente, como dizem, eleição só se ganha no voto. Então, não é recomendável que nenhuma das campanhas relaxe. Para quem está à frente o negócio é manter a intensidade para permanecer na dianteira. Já quem está atrás o resultado da pesquisa serve como um indicador do quanto é preciso acelerar para vencer o pleito.

Mídias

O Cartório Eleitoral de Araucária realizou nesta quarta-feira, 4 de novembro, a chamada cerimônia de geração de mídias para as eleições do próximo dia 15 de novembro. Este procedimento consiste em alimentar com os dados dos candidatos e eleitores os cartões de memória que serão inseridos nas urnas eletrônicas.

Lacração

Nesta quinta-feira, 5 de novembro, acontece outro grande momento do processo eleitoral, que é a inserção dos cartões de memória nas urnas, bem como a lacração e teste de carga dos equipamentos. O trabalho é executado por técnicos da Justiça Eleitoral e acompanhado por representantes dos partidos políticos, Ministério Público Eleitoral e, claro, pela juíza eleitoral da cidade.

Vai pra urna

Embora com o registro de candidatura indeferido, o nome do candidato a prefeito Albanor José Ferreira Gomes (Podemos) vai pra urna. Logo, no dia da eleição, quem digitar o número dele no teclado do equipamento verá seu nome e foto.

Nulos

Da mesma forma, como dificilmente o julgamento do recurso ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) terá sido realizado até o dia das eleições, feita a apuração, os votos dados a Albanor aparecerão como sendo nulos. Eles só passam a ser entendidos como válidos se, posteriormente, o plenário do TRE reverter a decisão da Justiça Eleitoral de primeiro grau.

Estranho

Embora tenha tido o registro de candidatura negado em 25 de outubro, até o momento a defesa de Albanor ainda não protocolou o recurso ao TRE para tentar reverter sua inelegibilidade. Preferiu, antes, protocolar uma petição chamada Embargos de Declaração à própria magistrada de primeiro grau. A opção dos advogados de Zezé causou estranheza entre operadores do Direito que atuam em Araucária. Isto porque qualquer estagiário sabe que Embargos de Declaração não serve para alterar o mérito de uma decisão judicial. Logo, esse tipo de pedido acaba apenas protelando a permanência da ação em primeira instância quando, se o objetivo é mesmo reverter a sentença de inelegibilidade, seria mais célere ter recorrido logo ao TRE.

Mais sorte

Falando em registro de candidatura, o outro candidato a prefeito que havia tido seu registro negado pela Justiça Eleitoral conseguiu reverter a situação. Silvinho Pereira (Patriota), que simplesmente havia deixado de juntar uma certidão de antecedentes corrigiu a falta. Com isso, seu registro foi deferido e ele voltou pro jogo.

Com recurso

Assim como Zezé, que mesmo com o registro negado terá seu nome constando na urna já que está recorrendo, há 5 candidatos a vereador na mesma situação. São eles: Cris Rosa (PT), José da Luz Zezinho (PSDB), Lê Cabeleireira (PTB), Professor Bira (PC do B) e Professor César (MDB). Da mesma forma que Albanor, se até o dia 15 de novembro eles não conseguirem ter sua situação revertida pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), seus votos serão contabilizados como nulos. Porém, se posteriormente essa condição mudar, esses votos são validados, influenciando – inclusive – no cálculo do quociente eleitoral das eleições e no quociente partidário das legendas em que estão filiados.

Fora

Já os candidatos que tiveram seus registros negados e que não recorreram somam seis. Estes estão mesmo fora do jogo eleitoral de 2020. São eles: Alceu Valério (PTB), Camilo Domanski (MDB), Edison Fotógrafo (PTB), Grego (PC do B), Paulo Lopes (Patriota) e Roberta Habinoski (MDB).

Curioso

Uma das coisas mais interessantes para quem gosta de acompanhar os bastidores de um processo eleitoral é monitorar quem são os doadores de campanha dos candidatos. Volta e meia aparecem ali uns dados no mínimo curiosos. Um dos dados que vem chamando a atenção, por exemplo, é quem doou recursos para a presidente da Câmara, Amanda Nassar (PSL), que concorre à reeleição. Até o momento, ela declarou ter arrecadado R$ 29.400,00. Deste montante, R$ 12.400 foi tirado do próprio bolso e outros R$ 17 mil vieram de sua assessora Adriani Kokubo, diretora geral da Câmara. Até aí, nada de mais. Afinal, chega a ser natural que a equipe acredite no projeto e invista nele. Porém, aparentemente, nem todos os cargos de confiança de Amanda estão dispostos a investir nela.

Diretor Jurídico

É o caso, por exemplo, de Gelson Mezzomo, guru jurídico de Amanda e diretor jurídico comissionado da Câmara. Embora seja cargo de confiança da presidente, ele não doou nem um centavo para sua campanha. Porém, o fez para a campanha do candidato a prefeito Albanor Zezé (Podemos). Exatamente, para Zezé Gelson deu R$ 4 mil. Para Amanda nem um centavo.

PSL

Essa doação de Mezzomo a Zezé também não teria sido bem digerida no PSL. Acontece que ele é filiado ao PSL, que tem como candidato a prefeito Gustavo Botogoski. Ou seja, para o candidato do próprio partido, o diretor jurídico de Amanda não doou nada. Para o adversário, deu R$ 4 mil.

Covid-19

Conforme esperado, a Covid-19 não deixou de tirar candidatos, pelo menos por alguns dias, da busca pelos votos. Embora não haja dados oficiais sobre postulantes a cargos eletivos contaminados pelo novo coronavírus durante a campanha, sabe-se que vários acabaram sendo diagnosticados com a doença.

Quarentena

Entre os que tiveram coronavírus, mas que já estão recuperados e aptos a voltar às ruas pedir votos estão dois vereadores que concorrem à reeleição: Fábio Alceu Fernandes (PDT) e Celso Nicácio (PSD). Ambos, ao que se sabe, tiveram apenas sintomas leves, foram tratados, cumpriram a quarentena médica recomendada e já estão na correria por votos novamente. Outro que também teve Covid-19 foi Jester Furtado. Ele, porém, disse que teve sintomas mais pesados. Não chegou a precisar de internação, mas sofreu. Sua quarentena também foi já concluída e ele é considerado recuperado.

Texto: Waldiclei Barboza

Publicado na edição 1237 – 05/11/2020

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