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O profissional médico, ou da medicina, pois devemos incluir nesse grupo atendentes, enfermeiros, instrumentadores e etc, é aquele a quem confiamos nossas vidas nos momentos de maior vulnerabilidade. Em virtude disso, costumamos associar a sua imagem à cura ou aos cuidados devotados de profissionais que superam a expectativa de todos, trazendo alívio ao sofrimento, trazendo segurança aos familiares. É certo que a esmagadora maioria dos profissioniais de saúde é de confiança, porém a prática da medicina, assim como qualquer profissão que envolve dinheiro e prestígio, não está insenta de ser infiltrada por pessoas de má índole, capazes de tirar proveito da vulnerabilidade em que se encontra o paciente. Prova disso foi a recente história que envolveu um anestesista e uma paciente num hospital.

  Nos últimos dois anos vimos a classe médica enfrentando valentemente e, por que não, heroicamente, uma pandemia global, onde médicos e assistentes podiam de um instante a outro se transformarem de cuidadores em vítimas. Isso engrandeceu ainda mais o respeito que a sociedade já tinha pela classe médica. Bastou um imbecil para botar abaixo a confiança a muito custo conquistada. Infelizmente há pouco a se fazer com respeito para previnir novas situações, mas é possível recuperar a tranquilidade com algumas medidas. É necessário que os órgãos de classe estipulem critérios que possam indentificar esses intrusos antes que possam entrar em ação. É importante que as legislações que versam sobre crimes sejam revistas e que crimes desse tipo possam ser identificados e punidos com mais rigor, mas para a população é preciso que aquilo que acontece dentro de um consultúrio, um quarto  ou de um centro cirúrgico fique acima de qualquer suspeita.   O simples fato de uma paciente poder contar com um acompanhante de sua confiança, seja pai, mãe, irmão, irmã, marido, companheiro ou amiga já seria um procedimento simples e bastante efetivo. Nesta edição aprofundamos um pouco mais a argumentação em favor dessa medida. Reiteramos nosso reispeito à classe médica e todos os profissionais de saúde sérios que não perderam nenhum mérito pelo que já fizeram e ainda muito farão pela população. No entanto, precisamos ter mais segurança com relação ao que acontece nesses espaços. Pense nisso e boa leitura.

O médico e o monstro
O médico e o monstro 1

Publicado na edição 1320 – 14/07/2022

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