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O milagre

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“Dias maravilhosos em que os jornais vêm cheios de poesia e do lábio do amigo brotam palavras de eterno encanto”.

]Confesso, tenho ciúmes do Mario Quintana, escrevia com a magia que as palavras exprimem quando corretamente amontoadas, mas ele era um iluminado, e isso me traz inspiração para escrever quando deixo Quintana me manipular com sua sensibilidade humana e vejo esperança em dias melhores na nossa cidade.

Produzir crônicas para jornal é transpiração pura, nas pautas cotidianas não cabem às poesias, nas várias editorias quem dita às regras são os acontecimentos do dia a dia. Mas insisto no Mario Quintana, afinal só temos razão de continuar a teclar se do outro lado há um olhar a observar o encanto que as letras podem proporcionar.

“Os verdadeiros analfabetos são os que aprenderam a ler e não leem”, sentenciou magistralmente o poeta outra vez, talvez a nos encher de ânimos para terminar mais esta crônica. Aí me lembro dos amigos dos tempos de Cubarulhos, e eles sabem o porquê. Estamos em março de 2021, quando a pandemia igualou a todos, e nossas faces mascaradas já não são máscaras da ostentação, e menos ainda as alegres mascaras carnavalescas a nos fazer soltar o lado escondido de nossa personalidade, ao contrário, as máscaras de hoje são por dever profilático de nos proteger a todos numa comunhão pela vida, Completando o texto, já que o dia está bastante quente, nestes finais de verão dum tempo quando as estações só existem nos calendários, e recorro de novo ao poeta. “Quem não compreende um olhar, tampouco compreenderá uma longa explicação”. Finalizo com uma mensagem bem humanizada também roubada do poeta. “O sorriso enriquece os recebedores sem empobrecer os doadores”.

Desejo uma Feliz quinta feira a todos os leitores do Jornal O Popular de Araucária neste meu retorno como colunista nesta Feliz Cidade das Araucárias que me enche de felicidade poder novamente conviver com todos vocês que apreciam o hábito da leitura, que sabemos nós ser a única forma de mudar nossa visão das coisas, num mundo cuja informação pasteurizada dos grandes veículos de comunicações nos induzem ao pensamento único sem a alegria do respeito ao contraditório, origem do nosso crescimento individual.

Texto: EDILSON BUENO

Publicado na edição 1252 – 11/03/2021