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Pais relatam falta de vagas em colégios próximos de suas residências
Foto: Divulgação

A falta de vagas e a dificuldade no remanejamento de estudantes nas escolas estaduais têm gerado indignação entre pais e responsáveis de Araucária. Relatos mostram que alguns alunos foram encaminhados para colégios distantes de suas residências, dificultando o transporte e a rotina das famílias.

Um dos principais desafios enfrentados pelos pais é a falta de alternativas no processo de matrícula. Muitas crianças foram alocadas em escolas diferentes das que haviam solicitado, desconsiderando as preferências das famílias.

“Minha filha estudava no Werka, então, em tese, ela teria que ir para o Szymanski ou para o Dias da Rocha. Mas ela foi remanejada para uma escola totalmente aleatória, sem considerar nossa escolha. O mais agravante é que eu e minha esposa trabalhamos de manhã e não temos quem a leve e busque na escola. Eles colocaram ela justamente nesse horário, complicando ainda mais a situação”, desabafou Eliseu, um pai que procurou a redação do jornal O Popular para relatar esse problema.

Além disso, há ainda situações em que irmãos são encaminhados para escolas diferentes, dificultando ainda mais o deslocamento e planejamento da rotina familiar.

Em resposta às reclamações, a Secretaria de Estado da Educação do Paraná (Seed-PR) garantiu que há vagas suficientes para todos os estudantes na rede estadual. Além disso, afirmou que o acesso à escola considera critérios como zoneamento e capacidade de atendimento de cada unidade.

“O aumento na demanda por vagas em algumas regiões pode gerar a necessidade de redistribuição dos estudantes para unidades próximas das inicialmente requeridas. No caso de irmãos, a separação pode ocorrer quando não há vagas simultâneas disponíveis para ambos na mesma unidade. As famílias podem verificar junto aos Núcleos Regionais de Educação (NREs) outras opções de escolas próximas que possuam vagas para ambos”, informou a Seed-PR.

O Conselho Tutelar também acompanha a situação e reconhece que houve um aumento significativo na demanda por transferência de alunos. Muitos foram matriculados em colégios distantes de suas casas.

“Temos orientado as famílias a deixarem os nomes dos alunos na lista de espera das escolas desejadas, para que o Núcleo de Educação possa organizar o remanejamento. Em relação a alunos sem vagas, a demanda é menor, pois esses têm prioridade no atendimento”, explicou a conselheira Patrícia Soares.

Edição n.º 1452. Nina Santos.

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