Paranaense procura sua família biológica
Lior foi adotado quando era bebê e quer conhecer pais biológicosParanaense procura sua família biológica

Vítima da rede de tráfico de pessoas na década de 80, o curitibano Lior Vilk, 28 anos, que hoje mora em Tel-Aviv, Israel com os pais adotivos, tem dedicado os últimos oito anos à busca de sua identidade brasileira. Já enviou inúmeras correspondências a órgãos oficiais no Brasil na esperança de conseguir auxílio e informações, através das redes sociais conversou com diversas pessoas que viveram a mesma situação e também teve sua história mostrada em rede nacional através de programas como o Domingão do Faustão e da novela Salve Jorge, apresentada recentemente, ambos programas da Rede Globo.

Com a documentação falsificada, ele não sabe sequer se o nome escrito no papel é mesmo o de sua mãe biológica. “Mandei cartas para todos os jornais no estado do Paraná pedindo ajuda, políicia, ministro da justiça no Brasil, Sicride, mandei e-mail para todos os cartórios do registro civil na área de Curitiba e pedi que procurassem o nome de Lior Vilk nos arquivos, mas foi tudo em vão”, contou Lior em uma carta enviada por e-mail a araucariense Ana Hinça, que entrou em contato com o Jornal O Popular para que a história do rapaz fosse publicada mais uma vez, na tentativa de encontrar a família.

A adoção
Lior conta que seus pais adotivos conheceram a intermediária Arlete Honorina Vítor Hilu, advogada que fazia muitos processos de adoção internacionais na década de 80 e era bem conhecida em Israel entre os casais que desejavam adotar um bebê do exterior. “Meus pais encontraram a Arlete em um hotel aqui em Tel-Aviv e encomendaram um bebê. Pediram que ela o trouxesse para Israel e cuidasse de todos os trâmites, pois estavam ocupados com os negócios deles. E como os meus pais adotivos nunca estiveram no Brasil, quem cuidou dos meus documentos foi a advogada Vilma Ferreira Oliveira, da OAB-RJ. Já entrei em contato com diversos órgãos responsáveis no Rio, mas nunca consegui respostas concretas”, conta Lior.

O rapaz agora espera contar com o apoio de qualquer cidadão que possa ter mais informações sobre o tráfico de pessoas na década de 80, que possam ajudá-lo a encontrar os pais biológicos.

Serviço
Quem tiver alguma informação que possa ajudar o Lior Vilk poderá entrar em contato pelos telefones 3048-4809 e 9861-6149, falar com Ana Hinça, ou através do e-mail ana.hinca@hotmail.com