Casa da Criança do Tropical, por exemplo, deu lugar a um CRAS
A partir deste ano, as casas da criança, no modelo como funcionavam, deixarão de existir. De acordo com a Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS), o trabalho de contraturno escolar que era realizado nesses espaços passarão a ser atribuição da Secretaria Municipal de Educação (SMED), que os desenvolverá por meio do programa Mais Educação.
De acordo com a secretária de Assistência Social, Belquis de Fátima Ferreira, há algum tempo o trabalho realizado nas casas da criança vinha sendo questionado pelo Conselho de Assistência Social e também em conferências do setor. Isto porque, havia um entendimento que ações de contraturno escolar são atribuições da Educação. Outro problema, segundo Belquis, é que já há alguns anos, o atendimento das casas da criança deixava a desejar, pois tinham que ser realizados, em muitos casos, por estagiários, em virtude das dificuldades de pessoal do Município.
Apesar da decisão de interromper o atendimento nas casas da criança, Belquis afirma que nenhum dos adolescentes que usufruíam do serviço deixará de realizar atividades em contraturno escolar. “Todos serão absorvidos por outros programas, principalmente o Mais Educação, que já existia e, em alguns casos, tinha atuação conflitante com o das casas da criança”, destaca a secretária.
Parcerias
Das casas da criança instaladas em Araucária, duas continuarão com suas atividades sendo desenvolvidas por meio de uma parceria com a Fundação CSN. Elas ficam no jardim Iguatemi e no conjunto Maranhão. “Nesses locais, a Fundação CSN é a responsável pelos professores que ministram várias oficinas e a Prefeitura pelo espaço e pelo lanche das crianças”, explica.
Já os prédios onde funcionavam as casas da criança do Tupy, Palomar e CAIC passarão a serem administrados pela Secretaria de Educação. “Neste primeiro momento, os prédios que ficam no Tupy e no Palomar serão transformados em CMEIs e o do CAIC vamos adequar para receber atividades de contraturno escolar. As crianças dessas unidades que ficavam nas Casas serão absorvidas pelo Mais Educação, um programa que temos com o Governo Federal, cujo objetivo é oferecer atividades em contraturno nas próprias escolas onde eles estão matriculados. Também queremos firmar parcerias com as secretarias de Esporte e de Cultura para atender essa demanda”, explicou o secretário de Educação, Ronaldo Assis Martins.
Outros prédios
A secretária de Assistência Social explicou também que os outros prédios onde funcionavam casas da criança serão transformados em outros serviços da SMAS também voltados para adolescentes. A unidade do Costeira, por exemplo, será a sede do programa Espaço Menina, a do Tropical já foi transformada num CRAS.