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Psicóloga Mariana Kirchner destaca os benefícios do diagnóstico precoce do Transtorno do Espectro Autista (TEA)
Foto: Divulgação

A identificação dos primeiros sinais do Transtorno do Espectro Autista (TEA) e o início precoce da intervenção são fatores essenciais para o desenvolvimento da criança. É o que afirma a psicóloga Mariana Kirchner, que atua com a Análise do Comportamento Aplicada (ABA). Segundo ela, a avaliação inicial é um passo fundamental para compreender as necessidades da criança e definir as melhores estratégias de atendimento.

Os primeiros indícios do autismo podem ser observados ainda na primeira infância. “Os principais sinais incluem dificuldades na comunicação e interação social, além de comportamentos repetitivos e interesses restritos”, explica Mariana. Entre os comportamentos mais comuns, ela cita a dificuldade no contato visual, o atraso na linguagem, a fixação em objetos ou temas específicos e a sensibilidade sensorial atípica.

O diagnóstico é clínico e realizado por profissionais especializados, com o auxílio de escalas e instrumentos específicos. “Utilizamos avaliações como o M-CHAT, para triagem em crianças pequenas, e o CARS, que avalia o grau de severidade do TEA”, afirma a psicóloga. Outros instrumentos, como o SRS-2 e o Vineland-II, auxiliam na compreensão do nível de responsividade social e do funcionamento adaptativo da criança.

ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA

A psicóloga destaca que a detecção precoce do autismo permite a implementação de terapias que favorecem o desenvolvimento da comunicação, da socialização e da independência. “Quanto mais cedo iniciamos a intervenção, maiores são as chances de a criança desenvolver habilidades importantes para sua autonomia”, ressalta.

De acordo com ela, abordagens como a ABA, a terapia ocupacional e a fonoaudiologia têm resultados mais eficazes quando aplicadas desde a infância. “A intervenção precoce ajuda a reduzir comportamentos desafiadores, melhora a adaptação escolar e proporciona maior participação da família no processo terapêutico”, explica.

Entre as principais abordagens recomendadas para o TEA, a ABA se destaca como um dos métodos mais eficazes. “A ABA trabalha com reforçamento positivo para ensinar novas habilidades e reduzir comportamentos desafiadores”, afirma ela.

O processo terapêutico inclui uma avaliação inicial para identificar as necessidades da criança, definição de objetivos personalizados, uso de reforçadores positivos e monitoramento contínuo do progresso. Além da ABA, a psicóloga menciona outras abordagens que podem ser incorporadas ao tratamento, como o Denver Model (ESDM), que utiliza estratégias naturalistas para crianças pequenas, e a Comunicação Alternativa e Aumentativa (CAA), que facilita a comunicação por meio de imagens, sinais ou dispositivos eletrônicos.

A inclusão escolar tem um papel fundamental no desenvolvimento social de crianças com TEA. “A escola é um ambiente onde a criança pode interagir com os colegas e aprender na prática habilidades sociais importantes”, explica.

No entanto, ela ressalta que a inclusão deve ser acompanhada de adaptações pedagógicas e suporte adequado. “Para garantir que a criança tenha uma experiência positiva na escola, é essencial que os professores sejam capacitados e que haja mediadores quando necessário”, afirma.

“A participação da família no processo terapêutico é fundamental para que as estratégias aprendidas na clínica sejam aplicadas no dia a dia da criança”, destaca. Segundo ela, a intervenção bem estruturada pode fazer diferença significativa na qualidade de vida da criança e de sua família.

SERVIÇO

Mariana Kirchner trabalha com a Análise do Comportamento Aplicada, oferecendo atendimento especializado para crianças com TEA e suas famílias. Seu trabalho inclui a avaliação do desenvolvimento infantil, definição de planos terapêuticos personalizados e acompanhamento contínuo.

O consultório da psicóloga Mariana Kirchner fica na Av. Archelau de Almeida Torres, 1236, sala 06, no bairro Iguaçu. Para iniciar o tratamento, basta entrar em contato pelo telefone do consultório (41) 3552-2226.

Edição n.º 1454. Nina Santos.

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