Quase na hora de correr para o abraço!

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A análise diária dos boletins epidemiológicos divulgados pelos órgãos de saúde eram um convite a desesperança desde março do ano passado quando passaram a fazer parte das nossas rotinas.

Foram meses e meses de uma angústia sem precedentes para os nascidos ao longo das últimas décadas. Os contaminados iam se acumulando, as mortes, que eram para ser exceções, começaram a deixar de ser números e ganharam nomes, mas a gente ainda não os conhecia. Foi então que elas deixaram de ser nomes e passaram a ser rostos. Ora era o da vizinha, ora o do amigo, ora o da mãe, do pai, do irmão, do companheiro, do filho.

E a dor foi aumentando, a angústia apertando e muitos de nós, com certeza, chegou a se perguntar: quando a morte vai me pegar? Quando a Covid chegará em mim? Muitos de nós, até aqueles que não são dados ao exercício da fé, com certeza, torceram para que a fé dos outros desse resultado voltássemos a ter esperança em dias melhores.

E nessa luta contra a Covid os dias melhores tinha nome: vacina. E ela chegou. Mas, como se não bastasse tanto desalento, conseguimos a proeza de brigar até por vacina. E nesta contenda, quem deveria representar nossos interesses acabou por nos prejudicar. E a cada dia extra que a vacina demorou para chegar ao braço dos brasileiros, centenas e centenas de pessoas morreram sem necessidade.

Mas em janeiro ela finalmente chegou. E desde então os boletins epidemiológicos divulgados diariamente pelos órgãos de saúde ganharam esperança. E como é bom constatar que a ciência venceu o negacionismo. Afinal, o avanço da imunização vem acompanhando da redução substancial dos casos de Covid-19. É a prova cabal de que vacina salva. E hoje, quase um ano e meio após o início da publicação dos boletins diários, temos a oportunidade de noticiar que 80% dos araucarienses já receberam a primeira dose. Podemos comemorar que já temos famílias inteiras vacinadas. São avós, filhos e netos já imunizados, se preparando para, tão sonhada segunda dose seja tomada, correr para o abraço! Correr para a vida! Pensemos todos nisso e boa leitura!

Publicado na edição 1275 – 19/08/2021

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