A queima de fogos de artifício, prática comum nas festas do fim de ano, pode ser perigosa. O manuseio incorreto e imprudente dos fogos causa lesões graves, como lesões auditivas, queimaduras de pele e olhos e, principalmente, nas mãos, devido ao contato direto com os fogos. Contudo, os acidentes podem ser evitados se as recomendações descritas nas embalagens forem seguidas. Além disso, nunca se deve segurar o material diretamente com as mãos, mas usar suportes específicos para soltar os rojões e em local afastado de outras pessoas, principalmente de crianças.

Mas apesar das orientações reforçadas todos os anos, os acidentes causados pelos fogos continuam entre as ocorrências mais comuns nos pronto-socorros e hospitais nessa época do ano. Os médicos orientam que em caso de acidente, não se deve colocar nada na ferida. Se houver sangramento excessivo, deve-se apenas envolver o ferimento com um pano limpo, que faça compresão, e procurar imediatamente atendimento hospitalar. Se a queimadura atingir os olhos, é preciso lavá-los imediatamente com água corrente. A pólvora e as impurezas presentes nos fogos podem agravar o ferimento, causando infecções.
Conforme a gravidade, o tratamento da lesão pode necessitar até a amputação das mãos.

Para ter uma ideia, segundo a Agência Estadual de Notícias, em 2007, o Hospital do Trabalhador realizou mais de mil cirurgias de mãos. Do total, 8,3% (88 casos) foram em dezembro. No setor de queimados do Hospital Evangélico, do início de dezembro de 2007 a janeiro de 2008, foram registrados 40 atendimentos de queimaduras provocadas por fogos de artifício. Quase um terço dos acidentes aconteceu na virada do ano.