Uma lei aprovada pela Câmara de Vereadores no final do ano passado reajustou e criou várias outras taxas para as famílias que pretendem sepultar seus entes queridos nos cemitérios de Araucária. Os novos preços passaram a valer a partir de 1º de janeiro de 2017.
Entre as taxas reajustadas está a de túmulos padronizados, que até o ano passado custava R$ 68,93 e agora saltou para R$ 1.000,00. Entre os novos encargos criados está a taxa de manutenção anual, no valor de R$ 80,00. Antes, quem adquiria um tumulo familiar pagava apenas uma taxinha de R$ 137,79 de renovação a cada dez anos.
A revisão desses valores era uma demanda antiga da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA), a quem cabe o gerenciamento dos cemitérios no Município. Isso porque a defasagem dessas taxas havia criado uma espécie de atração de sepultamentos para Araucária, já que as taxas cobradas aqui eram infinitamente mais baratas do que as de outras cidades da região metropolitana de Curitiba.
Além disso, as taxas cobradas nunca cobriram o custo da Prefeitura com esses serviços. Com essas alterações, a SMMA pretende equalizar um pouco esta conta. “Ainda continuaremos tendo uma das taxas mais baratas da região metropolitana e, mesmo com o reajuste, não conseguiremos cobrir as despesas com manutenção desses cemitérios. Porém, a diferença entre o custo do sepultamento para o Município e o valor pago pelas famílias não será tão grande”, comentou o secretário de Meio Ambiente, Vitor Cantador.
Até o ano passado, se uma família utilizasse todos os serviços oferecidos pela Prefeitura para sepultar alguém nos dois cemitérios municipais da cidade ele pagaria míseros R$ 365,00. Com as mudanças na lei, este valor passa a ser em torno de R$ 1.400,00. Ou seja, quase cinco vezes mais. Achou caro? Em outros cemitérios da região, esse valor passa fácil da casa dos R$ 3.000,00.
Previsão
Conforme a Secretaria de Meio Ambiente, as mudanças na legislação também previram a criação da taxa de cremação, no valor de R$ 2.800,00. “O serviço ainda não é oferecido no Município, já que não há crematório municipal, mas já estamos nos antecipando”, explicou o diretor geral da Secretaria de Meio Ambiente, Bruno Tonel Otsuka.
Ele ainda explica que outra taxa criada foi a de reforma nos jazigos. É um valor quase simbólico de R$ 18,00, que serve para custear as despesas de água e coisas do gênero utilizadas nessas obras. Além disso, foi criada a taxa de exumação e transferência de restos mortais. Isto porque, volta e meia, os profissionais do cemitério precisam executar esses serviços e até então não havia como ressarcir ao Município esses custos.
Famílias carentes
As mudanças não afetam aquelas famílias carentes que eventualmente precisam de subsídio para custear o sepultamento de algum ente querido. Neste caso, a Secretaria de Assistência Social segue disponibilizando o auxílio velório e a Secretaria de Meio Ambiente realiza o sepultamento em túmulos provisórios.
Texto: Waldiclei Barboza / Foto: everson santos