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Ali por 2000 ou 2001 eu entrei como suplente de sei lá o que na chapa que concorreu ao grêmio estudantil do Colégio Júlio Szymanski. Ganhamos. O jornal O Popular designou uma equipe de profissionais para cobrir o evento de posse. O evento era do tamanho da equipe.

Na época, se não me engano, foi apenas o Carlos do Valle tirar uma foto nossa e escrever uma notinha. Foi a primeira que vez saí no jornal.Uns anos depois, com uns amigos, participei de um blog que se propunha a falar sobre a imprensa local, em geral de forma crítica.

O Popular foi um, mas não o único jornal objeto de nossas análises. Mas foi o único cujos profissionais se mantiveram abertos ao diálogo após alguns meses de existência do blog.

Tão abertos que, pouco tempo depois, o antigo revisor do periódico decidiu se desligar do jornal e eu preenchi sua vaga. Em duas ocasiões, trabalhei aqui no O Popular, nas longas noites de fechamento, de pizza, de segredos impublicáveis. É impressionante ver uma redação de jornal funcionando. Foi a segunda vez que estive no jornal: somando os dois períodos, quase dois anos revisando linha a linha o que era publicado, e tomando bronca pelo que deixava escapar. Faz parte.

Estou longe de concordar com tudo que se publica aqui, com o posicionamento do jornal sobre diversas questões, especialmente políticas, ou com o direcionamento fundamentalmente policialesco de diversas edições, mas também aprendi com o tempo que a equação econômica que mantêm anunciantes, público e conteúdo equilibrados depende de todos os fatores. Em outras palavras, compra-se o que se vende, mas também se vende o que se compra. Parece ser a mesma coisa, mas não é.

Mas nesse momento preciso também registrar que, desde o convite para assinar esta coluna, nunca me foi colocado nenhum limite sobre o que eu poderia ou direcionado o que eu deveria escrever. Tenho vários interesses, mas a escolha pelas crônicas foi inteiramente minha.
Desde o início de 2017 estive por aqui, quinzenalmente, escrevendo sobre coisas que realmente aconteceram comigo e com pessoas próximas, uma história ou outra ouvida aqui ou ali que quis contar. E foi com amor que parei para escrever cada um desses textos.

Foi muito divertido esse processo. E embora as histórias nunca acabem, tenho a sensação de que está no momento de fazer outras coisas. Talvez, em outra ocasião, ainda haja um espaço para que eu apareça por aqui novamente.

Agradeço ao Waldiclei, que me oportunizou este espaço, e estendo meu muito obrigado a toda a equipe do jornal O Popular.

E, principalmente, agradeço a você, leitor, que ao longo desses mais de dois anos acompanhou a coluna. Espero que a viagem tenha sido tão boa para você quanto foi para mim. Um beijo especial para meu pai e minha mãe, meus leitores mais assíduos.

Um beijo. A gente se vê por aí.

Publicado na edição 1161 – 02/05/2019

Uma despedida

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