Vizinhos voltam a reclamar de empresa que recicla óleos

Empresa tem sido alvo frequente de denúncias de moradores da região do Rio Abaixinho. Foto: Marco Charneski
Facebook
LinkedIn
WhatsApp
Telegram
Email
Vizinhos voltam a reclamar de empresa que recicla óleos
Empresa tem sido alvo frequente de denúncias de moradores da região do Rio Abaixinho. Foto: Marco Charneski

A Paraná Oil, que recicla óleos de processos em geral e está localizada na área rural de Rio Abaixinho, voltou a ser alvo de denúncias por parte de vizinhos. Eles afirmam que a empresa, durante sua atividade, estaria gerando poluição, prejudicando assim o meio ambiente. Reclamações anteriores já teriam provocado fiscalizações de órgãos ambientais de controle e normatização. Mais uma vez, movidos pela preocupação com o meio ambiente e com a saúde das pessoas que vivem no entorno da empresa, os moradores procuraram a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, para pedir providências. Esta, por sua vez, explicou que o órgão licenciador, o Instituto Água e Terra (IAT), é o responsável pelas fiscalizações, a quem repassou a demanda da comunidade.

A reportagem do Jornal O Popular entrou em contato com o IAT, que informou ter recebido a solicitação da Prefeitura de Araucária, em caráter informal, para uma avaliação da emissão atmosférica emitida pela empresa Paraná Oil. O órgão explicou que já tinha visita agendada à referida empresa, para uma avaliação de renovação da Licença de Operação (LO), emitida pelo órgão estadual do meio ambiente. No dia 27 de janeiro de 2021, uma equipe técnica foi ao local para a vistoria vigente por lei, para a renovação da Licença. “Verificou-se que a empresa se encontrava em operação, com equipamento de combustão Caldeira ATA 14 em pleno funcionamento. Observou-se, ainda, já pelo acesso principal ao empreendimento, pela estrada Caminho dos Tropeiros, a fumaça de apenas uma chaminé, que apontou densidade de 20%, quando comparado a Escala de Ringelmann. A empresa apresentou Licença de Operação e relatórios de auto monitoramento, os quais atendem a frequência e os padrões da resolução SEMA 016/14. A Paraná Oil também foi notificada a providenciar a instalação de estrutura de acesso ao ponto de amostragem, para que se possam ser realizadas medições a qualquer momento pelo órgão estadual, a fim de se aferir na chaminé os padrões de emissões”, esclareceu o IAT.

Infundadas

O responsável pelo setor jurídico da Paraná Oil, Renato Cordeiro Justus, confirmou que a empresa recebeu a visita dos técnicos do IAT, que procederam a fiscalização, comprovando que os processos seguem dentro do correto. “Sinceramente não sei o que motivou a nova reclamação por parte dos moradores. Ficamos surpresos, já que não tivemos nenhuma mudança ou alteração na empresa, que pudesse dar ensejo a novas denúncias. Assim, fica complicado se defender de algo que nem somos culpados. As próprias autoridades constataram que está tudo em ordem, não sabemos qual a intenção disso. São denúncias infundadas e fica difícil discutir algo que não se vê. De um lado estão pessoas habilitadas, que não atestaram problemas na empresa, do outro estão os vizinhos, com informações sem nenhuma base. Em quem devemos acreditar?”, indagou o empresário.

Texto: Maurenn Bernardo

Publicado na edição 1249 – 18/02/2021

Compartilhar
PUBLICIDADE