Cena do crime onde o Cabo Davi perdeu a vida em ato de bravura
O cabo da Polícia Militar, Davi Martins, 45 anos, morto durante um confronto com um bandido na manhã de sexta-feira, dia 13, em frente ao Açougue e Supermercado Pedroso, no bairro Costeira, foi enterrado com honras militares, na tarde de sábado, dia 14. O enterro aconteceu no Cemitério Jardim da Saudade, em Curitiba, e foi acompanhado por integrantes do Comando, oficiais e praças da PM, familiares e amigos.
Davi prestava serviços administrativos na 2ª Cia da PM em Araucária enquanto aguardava a reserva, solicitada há cerca de 50 dias. Antes disso, o militar trabalhava na Rádio Patrulha, na função de adjunto.
O comandante da 2ª Cia, Capitão Nelson Stoccheiro, disse que já entrou com pedido de promoção pós-morte para que o cabo Davi seja promovido ao posto de 3º Sargento. “Ele foi um policial exemplar e seu ato de bravura merece ser enaltecido. Estamos aguardando confiantes o resultado da sindicância sobre o pedido da promoção”, comentou Stoccheiro.
O caso
O cabo Davi estava em uma mecânica ao lado do supermercado quando presenciou uma movimentação suspeita. A polícia trabalha com a hipótese de que o policial teria se aproximado para tentar impedir o roubo do veículo, que pertencia a uma funcionária, para tentar salvá-la. Ao fazer a abordagem do suspeito, foi recebido com tiros e acabou sendo alvejado no abdômen. Foi socorrido pelo Siate e levado ao Hospital Municipal de Araucária, mas não resistiu e faleceu.
O suspeito foi baleado na perna durante a troca de tiros, mas mesmo ferido, andou algumas quadras e roubou um veículo Gol e fugiu pela Linha Verde, sentido Curitiba, onde foi preso por policiais militares e encaminhado à Delegacia de Araucária, onde permanece preso.
Autor do crime está preso
Ivan Lino da Silva, 30 anos, vulgo “Shinohara’’, foi preso em flagrante pelo assassinato do Cabo Davi. Ele é foragido da Colônia Penal Agrícola e já foi condenado por vários delitos, entre eles assaltos a mão armada e roubo.
“Shinohara’’ é morador do bairro Sítio Cercado, em Curitiba, e na versão que contou à polícia, disse que tinha uma encomenda de um carro com as características do Corsa que tentava roubar e que posteriormente entregaria o veículo para um receptador, em Araucária.
Relatou ainda que visualizou o veículo e ficou na espera do proprietário para assaltar. Quando a empregada do mercado saiu para o horário do almoço e foi entrar no carro, ele a rendeu. Quando percebeu a presença de uma pessoa, no caso o cabo Davi à paisana, tentou fugir, mas foi alvejado na perna.