Prefeitura admite que vários remédios estão em falta e promete resolver o problema em breve
Nas últimas semanas diversos moradores da cidade entraram em contato com o Jornal O Popular com uma reclamação em comum: o grande o número de remédios em falta nas unidades de saúde de Araucária. Alguns destes medicamentos que não estão sendo fornecidos são de uso contínuo, inclusive, o que agrava ainda mais a situação, pois se o paciente não tem dinheiro para comprar precisa interromper o uso e corre até risco de morte.
A aposentada Dalva Lima Proença, moradora do Industrial, é uma das usuárias do sistema público de saúde que está insatisfeita. Ela toma losartan há cinco anos, pois tem problema de pressão alta. “Já fui três vezes buscar no posto e me disseram que está em falta. Esse até não é um remédio caro custa menos que R$ 10 na farmácia e eu posso comprar, graças a Deus, mas e quem não pode?”, questiona.
Ângelo Nascimento Antunes, morador do Shangri-lá diz que está sem tomar o remédio, porque não tem condições de comprar. “Sou diabético, cardíaco, tenho pressão alta e complicação nos rins. Já gasto muito comprando alguns medicamentos que a prefeitura não fornece e eu não tenho como pagar esses que o posto diz que está em falta”, reclama.
A mãe do pequeno Nicolas Gabriel, Jussara Carneiro, relata que na semana passada levou o filho para uma consulta e o médico receitou o xarope Ambroxol entre outros remédios. “Quando fui atendida na farmácia do posto a funcionária me disse que não tinha. Lá fui eu gastar para comprar, porque não ia deixar meu filho ruim sem tratamento”, conta.
Outra reclamação por parte dos usuários é a falta de informação. “Será que não tem alternativa para termos esses remédios? Poderiam nos falar da farmácia popular ou das farmácias comuns que vendem mais barato alguns remédios. Mas, os funcionários simplesmente falam que está em falta e ponto final. Ou então os médicos poderiam tentar substituir os remédios que vão nos receitar por algum que não esteja em falta”, sugere Jussara.
Por meio da assessoria de comunicação, a prefeitura não informou quais medicamentos que não estão sendo fornecidos no momento, mas afirmou que alguns remédios estão temporariamente em falta no município. Além disso, a Secretaria de Saúde informou que todos já foram licitados, alguns já estão empenhados e outros estão em fase final do processo para homologação e em breve estarão disponíveis nas unidades de saúde.