Uma das instituições mais importantes existentes atualmente no Município dentre aquelas que integram o conjunto do funcionalismo público é a Guarda Municipal. E ela é importante porque a comunidade araucariense aprendeu a confiar nela.

E essa confiança é fruto de anos e anos de bons serviços prestados à sociedade araucariense. Crianças e adultos, homens e mulheres aprenderam a ver quem usa a farda azul como um amigo da vizinhança.

E, como não poderia deixar de ser, parafraseando aqui Tio Ben, de Homem-Aranha, com o aumento dos poderes conquistados pela Guarda Municipal ao longo dos anos, veio também um aumento de sua responsabilidade.

Uma dessas responsabilidades como órgão de segurança é não se furtar em bem atender a população quando esta carece de seus serviços. Até porque esse foi – digamos assim – o juramento tácito que fizeram quando assumiram seus cargos.

Ao longo dos últimos dias, porém, houve quem quisesse manchar a história da Guarda Municipal de Araucária fazendo crer que a corporação diminuiria seu ritmo de trabalho por questões salariais. Isso não é aceitável.

Obviamente é lícito e necessário a discussão salarial da corporação. É compreensível e saudável que os integrantes da corporação queiram ganhar mais. Afinal, todos temos contas a pagar. Famílias a sustentar. Mas no serviço público esse tipo de negociação é sempre feito pelos sindicatos que representam a categoria, porque assim cravou a Constituição Federal, e de forma una. Afinal, o funcionalismo é um só. Tão importante quanto a GM são os professores. São os médicos. São os enfermeiros. São os braçais. São os administrativos e por aí vai.

Uno também é o bolo orçamentário e limitado também é o percentual que pode ser destinado ao custeio da folha de pagamento. Logo, eventuais reajustes precisam ser pensados de forma isonômica, a se beneficiar toda a categoria.

Outra questão a se colocar na mesa é a de que estamos diante de um novo governo, que está administrando a cidade há três meses. Assim, querer pressionar esse governo com ameaças de redução no ritmo de trabalho caso a demanda salarial não seja atendida diminui a instituição Guarda Municipal, além de soar como uma negociação politiqueira.

Fiquemos todos de olho!

Edição n.º 1458.