A sessão plenária da Câmara de Vereadores desta terça-feira, 4 de novembro, foi diferente. O plenário estava lotado. Tudo para a posse de dois “velhos” vereadores que voltaram à Casa. Depois de muitas idas e vindas Ben Hur Custódio de Oliveira (União) e Ricardo Teixeira (Republicanos) voltaram a ter assento no parlamento municipal. Leandro da Academia e Professor Valter já eram passado quando o ponteiro bateu 9h00 desta terça. Passado, pelo menos até que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília, analise o recurso que ambos já protocolaram contra a perda de seus mandatos.

Fundo do poço

Em política, como sabemos, até o fundo do poço tem mola, justamente por isso nunca devemos dizer que político A ou B está fora do páreo. Ben Hur e Ricardo Teixeira são prova disso. Em outubro do ano passado todos diziam que o resultado das eleições os havia liquidados. Um ano depois eles voltam aos mandatos. Justamente por isso, ninguém deve desdenhar da falta de sorte momentânea de Valter e Leandro.

Aprendizado

Quem acompanhou a sessão plenária desta terça-feira e viu a serenidade de Ben Hur e Ricardo com o retorno ao mandato talvez tenha tido uma compreensão de que em política não há lugar para soberba. Ambos já foram muito poderosos quando o assunto é política local. No entanto, o resultado das urnas de 2024 fizeram com que, ao longo de um ano inteiro, eles comessem o “pão que o diabo amassou”. Sem mandato, os bajuladores sumiram. O insano foi a realidade da vida e não aquele que sempre se julgou acima do bem e do mal e que fez o que estava ao seu alcance para iludir uma cidade toda com um único intento: satisfazer os próprios interesses e vontades mundanas. A esperança agora é que Ben Hur e Ricardo não voltem a cair no canto da sereia. Afinal, como diz o ditado, errar é humano, persistir no erro não.

Vacinados

E pelo menos os primeiros sinais que têm sido dados por Ben Hur e Ricardo é de que zeraram o jogo da vida, aprenderam com os equívocos e que agora estão prontos para se adaptar ao meio político atual. Afinal, como bem analisou o presidente da Câmara, Eduardo Castilhos (PL): em política aquele que é capaz de adaptar-se tem vida longa e, mais do que isso, qualidade de vida.

Edição n.º 1490.