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Há duas semanas, ocupei este espaço para tratar da reunião da Comissão de Cultura, da Assembleia Legislativa, que aconteceu em Maringá no último dia 21 pela manhã. Volto hoje ao tema para trazer algumas informações sobre o que lá foi discutido. Em primeiro lugar, quero agradecer as presenças das autoridades estaduais e municipais que participaram do evento.

A princípio, posso dizer que o governo avança em seus planos de descentralização dos recursos, ações e atividades oficiais voltadas para a produção artística e cultural no Paraná, buscando melhorar a sua distribuição entre as cidades do interior e a Capital. O objetivo é reverter a concentração histórica em Curitiba da movimentação econômica provocada pelas ações oficiais do governo.

O evento contou com uma palestra da assessora técnica Elietti de Souza Vilela, da Superintendência Estadual de Cultura, que esclareceu sobre os projetos e planos do governo. O edital do Programa de Fomento e Incentivo à Cultura (PROFICE), que prevê financiar R$ 33 milhões no biênio 2020-2021, pretende destinar metade dos recursos para cidades do interior do estado, conforme novos critérios adotados.

Mas, para que isso funcione a contento, serão ofertados cursos de capacitação para 1.000 produtores culturais do interior para a elaboração de projetos ao PROFICE, dentro das normas técnicas e conteúdos exigidos pelo edital. Também será criado um tutorial para contabilistas e contadores realizarem a correta previsão de custos, execução dos recursos e prestação de contas.

Até o ano que vem, será lançado um edital para financiar projetos de bandas e fanfarras, beneficiando diversos grupos do interior, onde essa manifestação é comum e de grande expressividade. Também está em elaboração o programa “Trilhando o Paraná” que promoverá espetáculos, apresentações e exposições itinerantes voltadas para jovens e adolescentes do estado.

Dois lançamentos deverão chamar a atenção de produtores e consumidores de arte e cultura: o aplicativo com a Agenda Cultural de todo o Paraná, para divulgação de atrações artísticas; e o edital de fomento à Economia Criativa, que envolve atividades em que o talento individual ou em grupo gera produtos e serviços, como artesanato, gastronomia, tecnologia, moda, arquitetura, entre outros.

Os secretários municipais de Cultura de Maringá, Miguel Fernando Peres, e de Quitandinha, Fernando Cordeiro, falaram sobre a realidade da produção cultural nos municípios do interior. Participaram ainda gestores municipais de Cultura de Londrina, Ponta Grossa, Colombo, Pinhais, Paranaguá, Guaratuba, Almirante Tamandaré e São José dos Pinhais. Os deputados Evandro Araújo, Do Carmo e Arilson Chiorato se fizeram presentes através de seus representantes, além do vereador Sidnei Telles, que representou a Câmara Municipal de Maringá.

Publicado na edição 1187 – 31/10/2019

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