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Há seis meses ele passou a viver em uma cama, sem poder trabalhar e precisa contar com a solidariedade dos amigos. Foto: divulgação
Homem com grave infecção pede ajuda para manter tratamento
Há seis meses ele passou a viver em uma cama, sem poder trabalhar e precisa contar com a solidariedade dos amigos. Foto: divulgação

Após sofrer um ferimento grave no pé em novembro do ano passado, Misael (Misuca) Fernandes, de 45 anos, viu sua vida mudar. Pré-diabético, o morador do Jardim Tupy, no bairro Campina da Barra, teve seu quadro de infecção agravado e ao procurar a Unidade de Saúde do bairro, chegou a ser diagnosticado com Covid-19. Segundo a esposa Rose, ele foi medicado para um problema que não tinha (Covid), e a infecção no pé acabou se alastrando para a coluna.

Após muita luta, a família conseguiu que ele fosse internado no HMA, onde ficou por dois meses, até ser encaminhado para um hospital de Campo Largo, onde fez um exame de ressonância e a cirurgia de raspagem e colocação de um dreno na vértebra que dá sustentação à coluna. Porém, o drama de Misuca continua. Sentindo dores intensas, ele precisa realizar com urgência uma segunda ressonância para avaliar os resultados da primeira intervenção e analisar se a bactéria que estava alojada na coluna foi combatida. Se tudo estiver bem, ele irá realizar uma cirurgia no estômago e outra na coluna, desta vez para implantação de pinos.

Segundo Rose, o marido sempre foi muito ativo e trabalhador, até o dia do acidente causado pelo ferimento com um prego em um dos pés. “Ele nem comentou comigo sobre o prego que tinha enfiado no pé, até que um dia eu percebi sangue na bota de trabalho dele. E vi que a situação estava feia. Foi então que procuramos a UPA e lá disseram que ele estava com Covid. Nos mandaram pra casa e ele só foi piorando, tinha febre, dores intensas. Então chamei a equipe da UPA aqui em casa, porque ele não tinha condições de ir até lá, mas não vieram porque no sistema constava que o Misael estava com Covid. Fiquei tão incomodada com aquilo que decidi comprar vários remédios pra dor, inflamação, e medicá-lo por conta. Mas não adiantou, o quadro dele se agravou ainda mais. Até que depois de muita correria, entre Prefeitura, Ouvidoria e outros setores, conseguimos que um médico de Campo Largo o atendesse e ele finalmente fez a cirurgia. Mas já era tarde pra conter a infecção. Ele acabou perdendo a vértebra”, relatou Rose. Ela lembra ainda que mesmo após a cirurgia para colocação dos pinos, existe o risco de rejeição. “Misuca nunca mais será o mesmo”, lamentou.

Hoje, após seis meses do incidente com o prego, Misael vive preso a uma cama, não consegue andar, usa fraldas, uma lista enorme de medicamentos, e depende da solidariedade de vizinhos e amigos para conseguir manter seu tratamento, já que também não conseguiu receber o benefício do INSS. “Se não fosse a ajuda das pessoas não sei o que seria da gente. Agradeço de coração a todos que estão nos ajudando e peço que Deus os abençoe”, disse Rose.

Ajuda

Apesar da solidariedade das pessoas, Misael ainda precisa de itens de higiene pessoal e também de suplementos alimentares como o Nutren. A família também disponibilizou um PIX para quem puder contribuir com o tratamento dele. É o CPF 17619657860, em nome de Rosanea Ap Pereira. “

Texto: Maurenn Bernardo e Katty Ferreira

Publicado na edição 1262 – 20/05/2021

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