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Toda mãe ou pai que deixa seu filho nadar em represa, achando que não há perigo nessa prática, deveria ir ao menos num velório de criança vitimada pelas águas traiçoeiras desse tipo de lago. Não há nada mais trágico e nem tão cruel com a família do que ver uma criança em um caixão. Afinal, é nos filhos que os pais depositam suas esperanças. Os genitores se realizam pelo sucesso dos filhos. É o que os motiva a trabalhar todos os dias com um objetivo em mente: criar e dar as melhores oportunidades para aqueles pequenos. Seus pequenos.

Então, imaginem todos esses sonhos ali, deitadinhos no caixão, rodeado de flores e encharcados de lágrimas dos familiares. É triste. Estes filhos, pequenos ou nem tanto, mas cheios de energia, curiosidade não têm a menor noção dos perigos do mundo lá fora. Existe um ditado que diz que Deus perdoa sempre, o homem às vezes e a natureza nunca. E é verdade. A Represa do Passaúna, o Rio Iguaçu e tantas cavas por aí afora provam sempre que tem chance de que não perdoam.

Embora faça parte de seu trabalho, não existe um só bombeiro que não fique arrasado quando tem que procurar uma criança ou um jovem que caiu no rio e não voltou. Os pais devem ter um cui¬dado cada vez maior em ensinar aos filhos, principalmente através de bons exemplos que não se pode abusar. Está calor, ligue a mangueira, tente encontrar um lugar onde seja permitido nadar, de preferência onde tenha salva-vidas por perto. Não vale a pena colocar toda uma existência em risco somente por alguns momentos de lazer. Várias vezes o IML acaba de sair levando o corpo de alguém que morreu afogado e, no mesmo local, as pessoas continuam tomando banho, como se, com eles isso jamais fosse acontecer. Ser corajoso é bom, mas o medo mantém as pessoas vivas. O certo, por via das dúvidas, é respeitar a Mãe Natureza, pois ela, principalmente nestes casos, não é nada boazinha. Pense nisso e boa leitura.
 

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