A Secretaria Municipal de Educação (SMED) conta, desde 2011, com os Espaços de Aprendizagem e Desenvolvimento (EADEs). Nestes ambientes implantados pela atual administração, os alunos matriculados do 1º ao 9º ano na Rede Municipal de Ensino que apresentam dificuldades de aprendizagem são beneficiados com diversificados recursos e encaminhamentos metodológicos propostos pelos professores. São atendidos atualmente 300 estudantes nos espaços.

Por meio de mediações e intervenções individuais, a metodologia aplicada pelos profissionais busca a efetivação do aprendizado. O principal objetivo é atender as necessidades específicas de cada aluno, as quais são indicadas pelo Departamento de Avaliação Psicoeducacional da SMED.

Após o processo de avaliação os estudantes são encaminhados para o EADE mais próximo de sua residência. Hoje são 10 polos, sendo um que funciona na região central, que concentra a coordenação de todo o trabalho desenvolvido, e outros nove localizados nas escolas municipais.

As aulas acontecem no contraturno escolar. Os professores trabalham os níveis de desenvolvimento das funções psicológicas superiores como atenção, memória, linguagem, percepção, organização do pensamento, raciocínio e os conteúdos da disciplina de língua portuguesa (alfabetização e letramento) e matemática. “Os atendimentos são em grupos, de no máximo 10 alunos, ou individuais, que duram aproximadamente duas horas, podendo ser uma ou duas vezes na semana”, explica a coordenadora do EADE/ Polo Centro, Roberta Cavalcanti.

Durante todo o processo, o desenvolvimento e aprendizado do aluno são acompanhados por uma equipe de profissionais da educação. Os pais são convidados a participar deste acompanhamento, bem como sempre orientar e incentivar a frequência dos filhos, pois a falta do estudante compromete todo o processo desenvolvido no EADE.

Para Maria da Glória dos Santos Gonçalves, mãe Leonardo dos Santos Gonçalves estudante que frequenta o EADE, o programa contribuiu com desenvolvimento social e aprendizagem do filho dela. “Antes dos atendimentos, ele era nervoso, irritado, não fazia as tarefas e nem se interessava pelas atividades da escola. Hoje nós temos um relacionamento positivo. Ele se interessa pelas atividades da escola, faz aulas de desenho (extracurricular), suas notas melhoraram e seu comportamento também”, contou.

De acordo com as responsáveis pelo desenvolvimento do EADE, as pedagogas Emília Bernardi e Mari Lídia Chempcek de Lima, o espaço é um apoio pedagógico fundamental que contribui para que o aluno supere suas dificuldades. “Hoje o Departamento de Avaliação Psicoeducacional conta com dados que indicam que muitos alunos que frequentam o Programa obtém avanços em relação a aprendizagem dos conteúdos acadêmicos bem como no desenvolvimento das funções psicológicas superiores o que possibilita um maior numero de alunos aprovados”, finalizaram.