PME é questão de ponto de vista?

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A Secretária de Educação de Araucária anda esbravejando por aí que as alterações propostas no Plano Municipal de Educação construído pela sociedade tratam-se de “enxugamento” e modificam propostas.

O PME original foi organizado e sistematizado pela comissão de estudos do Plano Municipal de Educação, na qual faziam parte a própria Smed, o Sismmar, o Sifar, o Conselho Municipal de Educação e o Legislativo. Todos, com exceção da Smed, estão certos de que houve mudança do mérito na redação do plano e que o projeto de lei retira, enfraquece e empobrece conquistas históricas.

O presidente da Comissão de Educação da Câmara Municipal, o vereador Paulo Horácio, convocou a comissão de estudos do plano a fim de organizar emendas para apresentá-las ao legislativo, tornando o plano mais fiel à proposta apresentada nos fóruns e audiências públicas.

As emendas foram votadas e apreciadas ontem à noite e entram em segunda votação agora pela manhã, pois o plano precisa estar sancionado até o dia 24 de junho. Em alguns casos, como no Plano Estadual de Educação e no Plano Municipal de Curitiba, a discussão desta última segunda-feira foi intensa no que diz respeito à questão do debate de gênero e orientação sexual. Em Araucária, ao recuo neste ponto somam-se outros, como a definição de número de alunos em sala, a garantia das eleições de diretores, do concurso público como forma de contratação e a entrega de prédios e terrenos para o Estado atender do 6° ao 9° sem diálogo com a comunidade. Estes e outros pontos negam o esforço para garantirmos educação de qualidade no próximo período.

A esperança é de que não ocorram vetos às emendas aprovadas, para salvar um pouco do debate realizado nestes últimos anos. Reiteramos que o plano apresentado ao Legislativo foi um duro golpe contra a educação pública. Trata-se de um retrato dessa administração: economia a qualquer custo e pouca importância aos servidores e ao serviço que o município deve oferecer à população de Araucária.

Este plano reforça a ideia de que inimigos da educação não terão o apoio dos servidores em 2016. Políticos carimbados com mandatos que viraram as costas para a valorização dos professores não serão merecedores da nossa confiança.

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