Atleta fica longe do 1º lugar em Super Maratona
Jerri acredita que a falta de apoio da SMEL influenciou no resultado

O fim de semana não foi de alegria para o araucariense Jerri Adriani. O atleta esperava ficar entre os três primeiros colocados gerais na 20ª Super Maratona Cidade do Rio Grande, mas conseguiu apenas o 6º lugar na sua categoria, que contava com 30 participantes. “Foi o meu pior resultado na prova até hoje”, lamenta. O evento aconteceu no último domingo, 3 de março, no Rio Grande do Sul, e contou com um percurso de 50 km.

De acordo com ele, diversos fatores interferiram no resultado. “A sensação térmica era altíssima chegando a quase 40º, e seis quilômetros do percurso eram de areia solta”, conta o atleta. No entanto, ele garante que a principal dificuldade que o prejudicou foi a organização da viagem. “Eu sempre contei com o apoio da Prefeitura nos gastos com alimentação, hospedagem, inscrição e viagem. Só que isso não aconteceu este ano, e eu precisei ficar pedindo ajuda até a última semana e não consegui nem reservar um hotel pra mim. Tive que dormir as duas primeiras noites em uma pensão, que ainda foi difícil de achar porque a cidade fica lotada nessas provas”, reclama.

De acordo com Idu Blaszczak, diretor da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer, a Prefeitura tem a obrigação de investir nas categorias de base, ou seja, no desenvolvimento das crianças no esporte. “Os atletas de alto rendimento devem buscar patrocínio ou organizar entidades com CNPJ para que consigam recursos federais e se organizem para essas provas, até porque a Prefeitura não pode se filiar a nenhuma federação nem arcar com gastos dessa natureza”, afirma.

Para Jerri, a resposta mostra que algo precisa ser analisado urgentemente dentro da PMA. “Por que é que a SMEL sempre me ajudou e só agora veio com essa história? Eu até dei entrada em um requerimento pedindo apoio para as provas e as justificativas pela lei”, questiona o corredor, que acredita que a secretaria deve valorizar os atletas da cidade. “Eu não corro por lazer, mas por trabalho. São horas de treino personalizado e, por isso, eles precisam de profissionais que avaliem isso corretamente”, pontua.

Mesmo com essa situação, o atleta participou da prova e quer agradecer a todos que o ajudaram. “A Prefeitura acabou me dando R$ 500,00 para a hospedagem, o CEPE Petrobras pagou minha inscrição, a Calmon arcou com as passagens, o doutor Mário Sérgio Rocha me apoia na parte jurídica e as empresas IRA Produtos para Motos, Grupo Tortuga, Restaurante Frederico’s, Clínica Anna Aslan, Mag Tecnologia, Academia PlanetCorpus e Sapataria Weiber nunca me deixam na mão. Obrigado”, finaliza o atleta, que está à procura de novas companhias que também possam lhe apoiar. “Será muito bom receber sua ligação no 8827-8457”.