Betão adere à campanha pela redução dos CCs

O projeto de iniciativa popular objetivando a redução dos cargos em comissão de 322 para no máximo 100 ganhou neste início de semana mais um importante aliado. É o vereador Wilson Roberto David Mota (PPS). Ele já havia sido um dos primeiros a se manifestar favoralvemente à ideia e no final da tarde desta segunda-feira, dia 10, assinou o formulário na sede do jornal O Popular.
O edil ainda se comprometeu a colher assinaturas junto a sua base para engrossar a campanha. “Além do claro excesso que existe na quantidade de comissionados, ainda uma deturpação na utilização dos CCs na Prefeitura”, constatou.
Segundo o edil, no Poder Executivo, o cargo em comissão deveria ser utilizado somente em assessoria, sendo aquele profissional diferenciado, acima da média, capaz de, com seu conhecimento, contribuir para a melhoria do serviço público. “No entanto, não é isso que estamos vendo. Hoje, CC está fazendo tudo quanto é serviço. Inclusive os mais simples”, destacou.

Segundão
Beto é o segundo vereador que se manifestou favoravelmente ao projeto até agora. O primeiro foi Clodoaldo Pinto Jr. Também são parceiros nessa caminhada os dois sindicatos que representam o funcionalismo público municipal: o Sifar e o Sismmar, além da Ordem dos Advogados do Brasil – Subseção Araucária.

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Os cidadãos interessados em assinar o projeto de iniciativa popular podem fazê-lo diretamente no jornal O Popular, que fica no Shopping Araucenter, ou nas sedes do Sifar e do Sismmar.
Também é possível baixar o formulário pelo site www.opopularpr.com.br. Lá, você pode ainda ler a minuta completa do projeto de lei.

100 cargos
A minuta do projeto, concebido pela advogada Carolina Guidotti Lorenzett a pedido de O Popular, prevê que o prefeito poderá nomear 100 cargos em comissão. Destes, 18 vagas são destinadas aos cargos secretários e outras 18 para diretores gerais. 54 vagas seriam de assessores de secretaria. Oito para assessores do prefeito e as duas últimas para assessores do vice-prefeito.

CCs X efetivos
Eles não usam quepe, nem terno preto e muito menos dirigem limusines, mesmo assim seus salários são de verdadeiros motoristas de luxo. Estamos falando dos cargos em comissão Eloir César Ferreira de Lima e Iliseu Signoreto Rodrigues. O primeiro é o motorista do prefeito Albanor José Ferreira Gomes (PSDB) e o segundo do vice-prefeito, Isac José Efraim Fialla (PSDB).
Nomeados como assessores especiais 2 (CC3), eles recebem mensalmente a soma de R$ 4.505,71. Um exagero, que se torna ainda maior quando comparamos com o salário de um motorista profissional efetivo da Prefeitura, que em início de carreira tem soldo mensal de R$ 991,85. A conta fica ainda mais chocante, para não dizer imoral, quando damos uma olhada no Plano de Carreira dos servidores do Município e descobrimos que um motorista efetivo, quando tiver 33 anos de casa e, hipoteticamente, tenha obtido todas as progressões possíveis por lei, ainda assim vai ganhar menos do que Eloir e Iliseu ganham hoje: R$ 3.792,29.
Situações como essas são mais um exemplo do prejuízo causado por comissionados na administração público quando estes exercem funções diferentes daquelas preceituadas pela Constituição Federal. Afinal, não há como justificar, de maneira moral, que o Município pague um valor tão exorbitante a dois motoristas.