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Cabeça no buraco e calça arriada
Forma como corpo do rapaz foi encontrado indica abuso sexual e morte por asfixia

Populares encontraram o corpo do jovem Giorgi Ricardo Nielsen, 21 anos, na noite de terça-feira, dia 28, em um matagal localizado no final da Rua Piquiri, no Jardim Shangri-lá, no Bairro Costeira. O cadáver estava com o rosto enfiado em um buraco cavado em um carreiro e com a calça e a cueca arriadas – indicando que ele pode ter sido abusado sexualmente e morrido por asfixia.
Policiais militares da 2ª Companhia do 17º Batalhão isolaram a cena do crime até a perícia pelo Instituto de Criminalística. De acordo com a perícia, o corpo estava no local há cerca de 12 horas. Funcionários do Instituto Médico-Legal (IML) o recolheram para necropsia e o laudo do exame deve dizer se Nielsen sofreu mesmo abuso sexual e se morreu asfixiado ou esganado.
Vingança?
Nielsen morava perto do local do crime e, recentemente, foi acusado por vizinhos de ter abusado sexualmente de um adolescente de 13 anos, portador de necessidades especiais – o que levanta a hipótese de ele ter sido assassinado por vingança. Familiares que estiveram na cena do crime ressaltaram que, quando ele foi detido por moradores e levado para a Delegacia para averiguação, a Polícia Civil o liberou por falta de provas.
Contudo, de acordo com a própria família, a liberação pela Polícia não mudou o pensamento dos vizinhos sobre Nielsen e eles continuaram suspeitando dele. A mãe alegou que o rapaz não abusaria de um menino, porque era filho carinhoso e trabalhador, ajudava nas tarefas da casa e cuidava bem do irmão mais novo. Mas ela também confirmou que ele era viciado em drogas e estava tendo a vida destruída por elas.
Briga por drogas?
Populares até comentaram que, para sustentar o vício, o rapaz andava praticando pequenos furtos na região e disseram que, quando se drogava, ele ficava transtornado e parecia ser outra pessoa, talvez, capaz de molestar um menor. Para a Polícia Civil, a forma como Nielsen foi encontrado levanta a possibilidade de se tratar de vingança pelas suspeitas contra ele, mas as investigações levam para outro caminho.
A Delegacia tem informações sobre três pessoas que foram vistas compartilhando crack com Nielsen momentos antes de ele morrer. É possível que, na partilha da droga ou mesmo sob efeito dela, eles tenham tido algum desentendido que resultou no crime. “Esses usuários são nossos principais suspeitos. Eles já estão identificados e sendo procurados pelas nossas equipes”, diz o delegado, Haroldo Luiz Vergueiro Davison. 

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