Cães de rua irritam os moradores no Maranhão
Cães perambulam livremente pelas ruas do bairro. Ao fundo é possível ver uma casinha construída do lado de fora do portão

Não é de hoje que os moradores de Araucária estão revoltados com o grande número de cães abandonados que permanecem soltos nas ruas. Eles reclamam da sujeira provocada pelos animais e da ameaça que eles representam para as pessoas, principalmente as crianças.

“Aqui no Jardim Maranhão, os cachorros abandonados vivem perambulando pelas imediações da Escola Nadir Nepomuceno. O pior é que algumas pessoas estão dando comida e água e mantendo os animais soltos, isso faz com que eles permaneçam circulando pelo bairro. Já ligamos para o CCZ e eles não podem fazer nada”, reclamou a moradora Daiane.

A vizinha também não está satisfeita com a situação e alega que os cães podem transmitir doenças para as pessoas, uma vez que muitos estão com sarna e pulgas. “Pra piorar, tem gente que constrói casinhas na rua para os bichos, e daí mesmo que eles ficam por aqui, virando as lixeiras e ameaçando morder as pessoas”, falou.

A Prefeitura de Araucária esclarece que a função do Centro de Controle de Zoonoses, vinculado à Secretaria de Saúde, não é recolher os bichos, mas proteger as pessoas das doenças transmitidas através dos animais (cães, gatos, ratos, morcegos, etc). Estes são recolhidos apenas quando existe a suspeita de que o animal porta algum agente zoonótico (algum vírus, bactéria que transmite a zoonose) ou quando o cão apresenta comportamento agressivo extremo.

O CCZ destaca ainda que recolher os cães da rua não resolve a questão de crescimento da população canina. A grande maioria dos animais que estão nas ruas possui dono, que, muitas vezes, permite sua circulação nas ruas. Outra situação comum é quando a fêmea tem filhotes e o proprietário os abandona.

Programas
O centro explicou ainda que mantém um programa de castração, em parceria com a ONG Bicho Não é Lixo, destinado a cães em situação de abandono com adoção programada e para cães provenientes de famílias de baixa renda que não possuem condições de arcar com os custos do procedimento.

Também tem o programa de microchipagem que, entre outras vantagens, auxilia no processo de registro e identificação mais fácil do cão ou gato que fugiu. Para microchipar um animal basta participar do PrevenCão, atividade de educação para a guarda responsável e vacinação antirrábica desenvolvida nos bairros da cidade.