Câmara volta aos trabalhos com discurso de Olizandro

Plenário da Câmara ficou lotado na reabertura dos trabalhos da Casa, mas trabalho mesmo os edis só terão a partir da próxima semana
Sob os olhares dos vereadores, Olizandro discusa na Câmara

Os vereadores de Araucária voltaram oficialmente ao trabalho na noite de segunda-feira, 18 de fevereiro. Na oportunidade foi realizada a primeira sessão plenária após o recesso legislativo e, como manda a tradição, quase a totalidade da reunião foi dedicada à fala do prefeito Olizandro José Ferreira (PMDB), que atualizou os edis sobre o que anda fazendo na Prefeitura e seus objetivos para este primeiro ano de mandato.

Ex-vereador, Olizandro gastou boa parte de seu discurso enaltecendo a importância do parlamento na construção de uma boa administração. “É impossível se fazer um bom governo sem a participação da Câmara, por isso, conto com a ajuda de vocês para construirmos juntos uma nova Araucária, a Araucária dos nossos sonhos”, afirmou.

O prefeito também garantiu que em sua administração os vereadores serão ouvidos e recebidos nas secretarias, pois – segundo Olizandro – as solicitações feitas pelos edis nascem de desejos da população. “Já fui vereador e sempre digo que a Câmara é balcão de atendimento da população”, enfatizou.

Terminada a “rasgação” de seda entre os poderes, Olizandro aumentou o tom para reclamar da situação financeira da cidade. “Os números não são nada satisfatórios. Precisamos promover um choque de gestão na prefeitura, cortar gastos e evitar despesas desnecessárias”, prometeu, sem – no entanto – apontar efetivamente como utilizará a tesoura.

Apesar das lamentações orçamentárias, o prefeito afirmou que sua equipe encontrará formas de realizar o plano de governo prometido em campanha. “Vamos usar toda nossa capacidade e criatividade para administrar Araucária. Teremos que pleitear recursos junto ao Governo do Estado e também junto à União, mas podem ter certeza de que iremos fazer um grande governo”, prometeu.

Críticas
A administração passada também foi alvo de Olizandro. Muito embora ele tenha dito que não estava ali para criticar o governo anterior, logo em seguida, deus alguns cutucões em seu antecessor. “Foram muitos os erros cometidos, alguns na área da Saúde, como os milhões que são gastos com o SAMU e também a decisão de abrir o nosso Hospital Municipal, que criamos para atender a população de Araucária, para outras cidades”, reclamou, acrescentando que um de seus objetivos é transformar o HMA numa unidade autossustentável. “Hoje, ele está custando cerca de R$ 30 milhões por ano. Sabíamos que ele custaria muito, mas a Prefeitura precisava ter buscado formas de obter recursos de fora para mantê-lo. É isso que vamos voltar a buscar agora”, garantiu.

Educação
Olizandro ainda dedicou parte de seu discurso para falar sobre a qualidade da educação em Araucária e quanto ela custa para os cofres públicos. “Investimos muito em educação, mas não temos retorno em termos de qualidade. Precisamos mudar isso”, ponderou.

Finanças
A dependência financeira que o Município tem dos impostos gerados pela Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar) foi outro ponto abordado pelo prefeito. “Não podemos ficar mais tão dependentes da Repar. Precisamos buscar novos investimentos, atrair empresas de outros ramos, diversificar nossa economia. Hoje, se alguma coisa impactar na produção da refinaria, a cidade entra em colapso”, analisou.