Embora seja um sindicato, cuja missão institucional é essencialmente defender determinada classe de trabalhadores, o Sismmar conquistou um papel para muito além disso na cidade de Araucária. Ele é reconhecido também como uma ferramenta de defesa da Educação em todos os seus aspectos.

E é justamente por conta dessa importância que – de certa forma – tudo que envolve o nome do Sismmar acaba por ressoar além dos muros da instituição. O Sindicato dos Professores tem um nome a zelar! Nome que foi forjado na luta da classe trabalhadora da Educação.

É por isso que é triste vermos a crise de reputação pela qual passa a instituição atualmente. Não é aceitável que vejamos um pilar da luta dos trabalhadores de nossa cidade com indícios tão palpáveis de desrespeito – vejam só – aos direitos de seus próprios empregados.

Mais do que isso! Não é aceitável que uma entidade dirigida por profissionais da Educação, que representa milhares de professores que estão em sala de aula cuidando de nossas crianças esteja envolvida num caso de assédio sexual, em que a vítima precisou recorrer ao Poder Judiciário para manter o suposto agressor longe.

Regimentalmente, é claro, o Sismmar só deve satisfação a seus sindicalizados. Moralmente, no entanto, ele deve satisfação a toda coletividade. A cada aluno em sala de aula. A cada pai que está em casa. A cada cidadão araucariense. E essa satisfação é devida porque o sindicato enquanto instituição assim cobra dos políticos e de outras instituições durante seus protestos.

Logo, se não demonstrar claramente essa intenção. Não apenas com palavras, mas também com atitudes, nem que elas doam na própria carne, cada próximo discurso que algum integrante do Sismmar fizer daqui pra frente parecerá revestido de uma hipocrisia absurda.

E para cidade de Araucária, um Sismmar fraco não é bom! Precisamos de um Sismmar forte. De um Sismmar que reconhece seus erros e procura corrigi-los.

Edição n.º 1470.