Obviamente a decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná de cassar os votos dos candidatos do Solidariedade e, por consequência, os mandatos dos vereadores Professor Valter e Leandro da Academia não agradou a algumas pessoas, principalmente aquelas que votaram nos derrotados de hoje.

No entanto, o que vimos acontecendo no TRE reafirma a necessidade de que políticos e população procurem entender como funciona o processo eleitoral e as regras que norteiam toda e qualquer eleição.

A festa da democracia é linda, mas não se resume simplesmente a votar e ser votado. Existe todo um contexto administrativo e jurídico que precisa ser compreendido.

É o que estamos vendo agora, por exemplo. Os candidatos do Solidariedade não deram a devida importância a composição da chapa. Acharam que o jogo para conquistar uma vaga na Câmara era individual. Quando desde sempre foi um jogo coletivo.

Se todos os que colocaram seus nomes como candidatos tivessem parado para analisar as regras do processo teriam sobrepesado os prós e contras na hora de escolher os integrantes da chapa. E não estamos aqui falando que a pessoa que ficou no centro da discussão judicializada precisaria ser excluída da escalação final. Muito pelo contrário!

Da mesma forma, é preciso enfatizar, não existe um culpado pelo resultado do processo sentenciado hoje. A verdade é que todos os filiados ao Solidariedade tem um pouco de responsabilidade pela cassação da chapa. E essa culpa é fruto de ação ou omissão dessas pessoas no curso da campanha.

E é necessário deixar explícito que a culpa é de todos para que não tentem colocar essa chaga apenas nas costas da direção do partido. Até porque, no curso das eleições, quando a estrutura para campanha foi fornecida, seja ela administrativa, financeira ou jurídica, não houve candidato reclamando.

A lição que fica desse imbróglio todo é aquela que já dissemos outras vezes: em Araucária a eleição nem sempre acaba no dia da votação! Pensemos todos nisso e boa leitura.

Edição n.º 1482.