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Um caso cheio de contradições em seus acontecimentos chegou até as Polícias Militar e Civil nessa semana. De acordo com uma mãe, às 06h36 de domingo, dia 01, ela recebeu uma mensagem do celular de sua filha menor de idade pedindo socorro, pois tinha sido sequestrada por alguns elementos que a colocaram em um veículo, provavelmente um Gol, a drogaram e obrigaram a ter relações sexuais, mantendo em cárcere privado. Diante dos fatos, as medidas de cautela foram tomadas. A solicitante foi conduzida até a Delegacia, onde foi acionado o grupo especializado de sequestro, TIGRE

Na segunda-feira, dia 02, perto das 11h55, a mãe foi até a sede da 2ª Cia para informar que sua filha, que havia desaparecido no dia anterior, entrou em contato afirmando que estava em cativeiro, sendo vítima de estupro, que a situação durante todo o dia e que ela havia conseguido fugir do local, tinha pego um ônibus e estava no Terminal do Guadalupe, em Curitiba. A equipe foi até o local com a mãe da menor, e resgatou a menina.

Investigação
Conforme afirmou a Polícia Civil, as investigações sobre o caso estão em andamento e levam vários pontos contraditórios em consideração. “A mãe contou para gente que na noite anterior tinha recebido uma mensagem de um celular de uma possível amiga, dizendo que a garota ia posar na casa dela. A mãe tentou falar com a menina, mas não conseguiu”, explica investigação. O outro contato foi pela manhã, por mensagem, em que a menina relatou que havia sido sequestrada e estava sendo abusada sexualmente. “Já de cara achamos esquisito, em nenhum sequestro a pessoa fica com o celular, sendo que ela disse que estava em um quarto fechado com sete elementos. Quando tentavam ligar para ela, não atendia”, completam.

“Achamos tudo muito es­tranho, mas dedicamos dois dias de investigação no caso, que, possivelmente, podia ser trote”, salientam. A primeira hipótese levantada pela polícia leva em consideração a possibilidade da garota ser usuária de drogas (a mãe não soube afirmar), ter ido consumir os entorpecentes e acabado parando em algum mocó. “Aí, talvez, é possível que realmente a tenham abusado e não deixavam ela ir embora para não delatar o caso, o que podia ter terminado em uma tragédia”, conta a Civíl. A segunda hipótese veio em investigação. A polícia levantou que há umas duas semanas, a garota tinha ido à casa de uma amiga, afirmando que estava grávida, o que pode levantar outra suspeita para a estranheza do fatos.

Conforme afirmou a po­lícia, assim que foi resgatada, a garota foi encaminhada ao hospital para fazer exames. Eles aguardam sua presença na delegacia para prestar depoimento.

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