Uma empolgante iniciativa está tomando forma no Colégio Estadual Professor Júlio Szymanski. O professor de Geografia, Marcus Matozo, um apaixonado por ciência e educação, está liderando a construção de uma estação meteorológica totalmente funcional, contando com o apoio do professor de Matemática Jeremias Nunes. O projeto Emede – Estação Meteorológica Didático Escolar não só promete trazer um entendimento mais aprofundado sobre as condições climáticas locais, como também dará início a uma nova fase ao permitir que os alunos adentrem o mundo da iniciação científica.
A estação começou a ser delineada no ano passado, quando Marcus apresentou a ideia à direção do colégio, que prontamente aprovou, dando início aos preparativos. Este ano, durante a Feira de Profissões organizada pelo Colégio, os visitantes puderam conhecer a proposta da estação e muitos estudantes já demonstraram interesse em participar.
“A ideia é fazer com que a estação meteorológica entre em funcionamento ainda esse ano, mas o projeto de iniciação científica está previsto para o início de 2024. Durante esse período inicial, monitores serão selecionados e preparados, eles vão participar de um mini curso de climatologia onde poderão aprender os princípios básicos do tema e como manusear os equipamentos”, explicou o professor Marcus.
Segundo ele, durante a iniciação científica os estudantes irão fornecer informações meteorológicas em tempo real para a comunidade escolar. A estação será o carro chefe do projeto, os alunos que demonstrarem interesse em aprofundar seus conhecimentos terão a oportunidade de conduzir pesquisas mais detalhadas em um artigo científico, explorando fenômenos climáticos locais, padrões sazonais e até mesmo contribuindo para o desenvolvimento contínuo da estação.
Além disso, a implantação da Emede poderá permitir que os alunos conduzam pesquisas aprofundadas e participem ativamente da coleta e análise de dados meteorológicos. “É a escola preparando uma nova geração de cientistas e pesquisadores. Os dados também serão disponibilizados para toda a comunidade e a longo prazo a escola terá um banco completo de informações que contribuirão para o entendimento do clima da própria cidade e da região.
“Nenhum outro colégio do município tem acesso a uma estação meteorológica. Em Curitiba, por exemplo, a única instituição de ensino que possui é o Centro Politécnico da UFPR. “Vamos trabalhar com eles e as duas estações poderão realizar atividades em conjunto. Nossa estrutura será menor e com menos recursos comparada com a da Universidade, que fornece dados para o Simepar, mas é um começo bem interessante para os alunos de Araucária”, pontuou Marcus.
Nina Santos
Edição n.º 1378