Colesterol e triglicerídeos

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1) O que é Colesterol?

O Colesterol é uma gordura (Lípide) que está presente no corpo das pessoas e faz parte de várias estruturas como membranas celulares, ácidos biliares, e participam na formação e ativação de alguns hormônios e enzimas. Não existem pessoas com colesterol zero. Os níveis normais de colesterol são:
* Colesterol Total: até 200 MG/DL * LDL-Colesterol: até 130 MG/DL * HDL-Colesterol: Acima de 40 MG/DL.
Estes níveis se referem a populações gerais. Existem populações específicas (Ex: cardiopatas e Diabéticos) cujos níveis são diferentes.

2) Os Triglicerídeos são a mesma coisa?

O triglicerídeo também é uma gordura (Lípide) porém não é a mesma coisa que colesterol. Os triglicerídeos são formados a partir de ácidos graxos + glicerol e constituem uma das formas de armazenamento e energético mais importante no organismo quando em níveis normais. O valor normal dos triglicerídeos é até de 150 MG/DL.

3) É verdade que tem um Colesterol “Bom”?

O Colesterol bom se chama HDL-Colesterol. Estas partículas são formadas no fígado, intestino e na circulação. O HDL Colesterol é responsável pelo transporte do colesterol ruim (o LDL Colesterol) até o fígado, o chamado “ Transporte Reverso” (tira o Colesterol ruim dos tecidos periféricos e leva até o fígado onde é metabolizado). Ele também protege o leito vascular contra a aterogênese, remove as gorduras oxidadas do LDL-Colesterol e estimula a liberação de óxido nítrico que protege e dilata as artérias.

4) Quais são os sintomas?

Existem 3 possibilidades:
1) A maioria das pessoas não sente nada, só vão descobrir ao re­a­lizar exames de sangue.
2) Algumas pessoas podem sentir cansaço e fadiga e podem apresentar alguns sinais tais como:
– Xantomas tuberosos tendíneos (nódulos perto dos tendões principalmente dos pés).
– Xantelasma (depósito de placas de gordura perto das pálpebras).
– Arco lipídico na córnea.
3) Sintomas da consequência do colesterol alto como:
– Infarto do miocárdio.
– Estenose (estreitamento) das carótidas.
– Estenose das artérias de várias partes do corpo – a aterosclerose.
– Pancreatite (em pacientes com triglicerídeos muito alto)

5) Qual o tratamento ?

O tratamento envolve terapia nutricional, atividade física, cessação do tabagismo e tratamento com medicamento. A maioria das vezes o aumento do colesterol é tratado com uma classe de medicamentos conhecidas como “estatinas” que funcionam diminuindo a síntese (fabricação) intracelular do colesterol. Existem outras classes de medicamentos que também podem ser utilizadas como a ezetimiba (que inibe a absorção do colesterol do intestino) a fibratos (que aumenta a função de uma enzima que ajuda a diminuir o triglicerídeos e aumenta o HDL-Colesterol) porém são de uso mais limitados. Estes medicamentos são geralmente seguros mas é aconselhável a monitorização da função hepática e de enzimas dos músculos. Outros medicamentos são: ácido nicotínico, ômega 3 e colestiramina.

6) Tem cura?

Dependendo muito do esforço do paciente. Tem pacientes que só mudando de estilo de vida e praticando atividades física matem os níveis normais. Outros precisam usar medicamentos por um certo tempo e outros por tempo indeterminado. O mais importante é manter os níveis normais.

7) A dieta é para sempre?

A mudança do estilo de vida com a prática de exercícios, dieta pobre em gorduras saturadas, doces e carboidratos não é só importante para o colesterol mas é importante para uma vida mais saudável em todos os aspectos.

8) Todo o paciente tem que tomar remédio?

Não, nem todos. Alguns casos mais graves como pessoas já com doença (infartados, com “entupimento” das carótidas e outras artérias e diabéticos) se beneficiam muito do uso das “estatinas por tempo indeterminado”.

9) E se não fizer o tratamento?

O risco de desenvolver a doença aterosclerótica, infarto e morte sobe consideravelmente.

Exemplo: – Homem 50 anos com colesterol total de 288 MG/DL, HDL- Colesterol de 34 MG/DL tem risco de infarto em 10 anos de 16%.

– Homem 50 anos com colesterol total de 190 MG/DL e HDL- Colesterol de 55 MG/DL tem risco de infarto em 10 anos de 5% (ou seja 3 vezes menos).

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