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Contenda protesta e pede mais segurança
Povão saiu às ruas para pedir mais segurança na cidade

A cidade vizinha de Contenda parou na terça-feira, dia 28, para participar de um protesto por mais segurança. Centenas de pessoas foram às ruas e todo o comércio fechou suas portas em sinal de luto pelo assassinato da menina Maria Eduarda, 12 anos.

Ela foi morta por um assaltante que invadiu o restaurante da família no dia 17 e revoltou a população pela falta de policiamento na cidade. A passeata foi organizada pela mãe da menina, Regina, e pela Associação Comercial, Industrial e Agropecuária de Contenda (ACIAC), e contou com apoio do CTG, escolas, agricultores, igrejas e outras entidades.

“Esta foi uma maneira que encontramos de pedir socorro às autoridades competentes, porque hoje foi a Maria Eduarda, amanhã pode ser o filho de outra pessoa. Nossa cidade tem muitas rotas de fugas para bandidos, e sem policiamento, a prática do crime fica mais fácil”, disse Regina. Ela acrescentou que até então Contenda parecia ser uma cidade pacata, mas a violência está em todos os cantos e nenhuma cidade pode ficar sem a presença da polícia. “Hoje Contenda é uma terra sem lei”, completou.

O presidente da ACIAC, Ari Alberto Neto, reiterou as palavras da mãe e disse que Contenda precisa com urgência de um delegado, escrivão e investigadores, além de policiais militares e viaturas. “Hoje estamos subordinados a Delegacia da Lapa e não existem viaturas da Polícia Militar circulando na cidade, o que nos deixa a mercê dos bandidos. Esta passeata é para pedir que as autoridades competentes olhem para Contenda e também para nos solidarizarmos com a família da Maria Eduarda, que foi morta precocemente, vítima da violência”, comentou.

Emoção
Durante toda a passeata, um grupo de meninas com faixas pretas amaradas nos braços gritava por justiça. O comércio com as portas fechadas também pendurou faixas pretas nas fachadas, em sinal de luto.

Mesmo as pessoas que não estavam na passeata, se aglomeraram nas calçadas, em silêncio, para ver os manifestantes passarem. Quando a passeata parou em frente ao restaurante onde Maria Eduarda foi morta, a comoção da população foi visível. O protesto encerrou com a celebração de um culto ecumênico, no ginásio Contendão.

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