Marco Charneski
Corpo em carreiro no São Miguel
Morto tinha muitas tatuagens, o que pode facilitar a identificação do corpo encontrado

No começo da manhã de quinta-feira, dia 6, um morador do Bairro São Miguel encontrou o corpo de um rapaz caído à beira de um carreiro aberto na mata nativa. O caminho geralmente é utilizado por quem que vai pescar próximo à Barragem do Rio Passaúna, mas dessa vez serviu para quem veio matar. O cadáver estava a cerca de dois quilômetros da Rua (de saibro) Francisco Knopik, em um local sem moradias por perto e propício para uma execução.

Peneirado
Acionada pelo morador, a Polícia Militar enviou uma equipe da 2ª Companhia do 17º Batalhão, que isolou a área para preservar a cena do crime até a chegada da perícia. De acordo com a perita do Instituto de Criminalística Eliane Martins, o corpo estava em rigidez cadavérica, demonstrando que o homicídio havia acontecido horas antes, ainda no final da noite anterior ou durante a madrugada.
Ainda segundo a perita, o cadáver apresentava ao menos dez perfurações por arma de fogo (quatro no peito, quatro nas costas e uma em cada braço), todas a queima roupa. Ele também estava com a face bastante ensanguentada, não sendo possível determinar se havia sido atingido também no rosto. A aproximadamente 16 metros estavam caídas sete cápsulas deflagradas de calibre 38.

Não-identificado
Funcionários do Instituto Médico-Legal (IML) de Curitiba recolheram o corpo para fazer exames mais detalhados. O morto ainda está sem identificação, era branco, tinha cabelos castanho-claros e aparentava ter entre 25 e 30 anos. Ele estava vestindo blusa de lã azul escura, camiseta de cor clara com estampa, calça jeans azul e tênis branco da Nike.
O rapaz tinha uma cicatriz de cirurgia no abdômen e também diversas tatuagens pelo corpo: no antebraço esquerdo as palavras “não se luda” (faltando o “i” mesmo) e no antebraço direito a continuação “com meu sorriso”. No braço direito a imagem de uma índia e no braço esquerdo o desenho de uma das Meninas Superpoderosas. E mais as letras “P e G” na mão esquerda e o nome “Aron” no pulso.
O titular da Delegacia de Polícia Civil, Rubens Recalcatti, suspeita que o morto era presidiário, mas depende do reconhecimento por familiares para prosseguir com o andamento do inquérito policial.