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Pequenos produtores rurais do município e técnicos da Secretaria Municipal de Agricultura estão participando de um curso de meliponicultura (criação de abelhas sem ferrão) oferecido pela Prefeitura de Araucária em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). Com duração de quatro dias (vai até dia 31), o curso tem encontros teóricos e aulas práticas.

Os participantes estão recebendo explicações sobre as espécies e sobre como se beneficiar da criação (além do mel, é possível extrair a cera e o própolis), estão aprendendo a lidar com as abelhas (confeccionar e instalar caixas, e atrair e manejar adequadamente os insetos), e estão sendo conscientizados sobre a importância de preservar as abelhas, já que a espécie corre risco de extinção.

De acordo com Cesar Ronconi de Oliveira, instrutor do Senar, a criação de abelhas sem ferrão é fácil, pois o custo é baixo e não exige equipamentos diferenciados, e tem sido cada vez mais procurada devido à qualidade do mel. “É um mel com mais propriedades medicinais que o mel da abelha com ferrão e, por isso, tem um maior valor comercial”, explica.

Qualificação
O produtor rural Francisco Damasio Knapik, 58 anos, abriu as portas da sua propriedade no bairro Campina das Pedras para receber os participantes para as aulas práticas. Ele cria abelhas com ferrão há 30 anos e o objetivo inicial era usá-las para polinizar as plantações. Com o passar do tempo, ele aprendeu a aproveitar o mel, a cera e o própolis. “Na propriedade pequena, uma coisa puxa a outra e você precisa sempre ter algo para produzir e vender”, comenta.

Há 15 anos, ele resolveu investir na criação de abelhas sem ferrão e estima que elas produzam aproximadamente 30 kg de mel por ano. Com o curso, o pequeno produtor espera se qualificar e aumentar a produção. “Quero aprimorar a técnica e ter um conhecimento maior para poder criar e cuidar melhor das abelhas, pois a cada dia surgem novas ideias, novos conhecimentos e é preciso se atualizar”, diz.

Preocupado com o risco de extinção das abelhas, o criador Carlos Roberto Estimiano, 42 anos, resolveu agir.: comprou máquinas e montou uma marcenaria, onde fabrica caixas para captura de abelhas que, depois, são espalhadas pela cidade. Quando as abelhas se instalam, ele recolhe as caixas e as leva para cuidar em sua propriedade, deixando o mel para os moradores.
 

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