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Demora no atendimento no PAI revolta pacientes
PAI superlotado: cena que se tornou comum nos últimos dias

Usuários do Pronto Atendimento Infantil – PAI estão revoltados com a demora para poder conseguir uma consulta. Em alguns casos, eles chegam a ficar mais de três horas aguardando pelo atendimento. Para agravar ainda mais a situação, nesta época de inverno aumentam os casos de doenças respiratórias e os casos de gripe A.

Ao longo desta semana, várias pessoas entraram em contato com a redação do Jornal O Popular para reclamar desta situação e relatar os problemas que estão enfrentando quando buscam atendimento na rede pública de saúde. Uma das reclamantes contou que levou o filho ao PAI com 38° de febre e a médica mal o examinou, diagnosticando de imediato que ele estaria com virose. “Ela foi grossa e ainda disse que eu teria que ter levado meu filho no postinho e não no pronto atendimento. Além de esperar um monte, ainda somos obrigados a aguentar desaforos”, comentou a mulher.

Outro usuário disse que ficou horas aguardando pelo atendimento com o filho passando mal e que esta longa espera tem sido uma rotina no local. “Não sei o que acontece naquele lugar, será que não têm médicos para atender os pacientes?”, indagou.

Caos na saúde
O secretário municipal de Saúde, Haroldo Ferreira, admitiu que o sistema público de saúde de Araucária não é diferente dos sistemas públicos de Curitiba e da Região Metropolitana. “Todos estão sobrecarregados, vivendo um caos, principalmente quanto à falta de pediatras”, comentou.

Ainda de acordo com Ferreira, Araucária é o único município da RMC que tem pediatras nos serviços públicos de emergência e urgência, e esta dificuldade enfrentada pelas outras cidades acaba atraindo pacientes para cá. “Eles sabem que aqui serão atendidos, pois não podemos negar atendimento a ninguém por ser um serviço público”, pontuou.

Outro agravante que justifica a sobrecarga no Pronto Atendimento Infantil nestes últimos dias, segundo o secretário, é por estarmos no período do inverno, onde ocorre um aumento considerável de doenças respiratórias. “Ainda por cima temos a questão da Gripe A, onde as pessoas ficam temerosas e procuram o sistema ao apresentar qualquer sintoma de gripe”, disse.

Apesar deste quadro de instabilidade, o secretário garante que não estão faltando médicos nos postos de saúde. “Estamos mantendo a mesma estrutura de sempre, com 3 pediatras no PAI, exceto nos dias de muito movimento, quando reforçamos o quadro com mais um profissional”, come­ntou. Ele lembrou ainda que se a Saúde disponibilizar mais médicos no pronto atendimento, a tendência é que mais pessoas de fora venham buscar atendimento, e não existem maneiras de controlar isso. “Mesmo porque, muitos pacientes afirmam que são da cidade e comprovam residência com o endereço de parentes ou amigos. E difícil fazer este controle”, acrescentou.

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