Araucária PR, , 17°C

Diabética afirma que não foi atendida em posto de saúde
A polêmica aconteceu na última quarta-feira, dia 24, no Posto de Saúde do bairro Vila Angélica

Na manhã da última quarta-feira, dia 25 de janeiro, uma mulher diabética de 34 anos chegava ao Posto de Saúde da Vila Angélica pedindo auxílio. Valéria dos Santos conta que apresentava pressão alta, estava com a taxa de glicose acima de 600 e precisava urgentemente de insulina. “Eu estava quase desmaiando”, lembra.

No entanto, ela conta que a unidade de saúde recusou atende-la. “As mulheres falaram que tinha vindo uma ordem para não me ajudarem. Eu achei estranho e, mesmo quase desmaiada, comecei a brigar: ‘Cadê a saúde?’”, conta. Valéria afirma que não recebeu a insulina de que necessitava e, quase entrando em coma, foi pedir ajuda a um tio que também é diabético. “Eu tomei a medicação dele e liguei para a Prefeitura. Depois, uma mulher me ligou falando para eu ir ao postinho à tarde e pegar meu remédio pela última vez”.

Versão II
De acordo com a unidade de saúde Vila Angélica, as coisas não aconteceram bem assim. “Ela chegou aqui por volta das 11h querendo consulta naquela hora, mas só tinha para o período da tarde”, explica Ana Eulália e Silva Costa, coordenadora da unidade de saúde Vila Angélica. O fato de não ter consulta naquela hora teria sido o motivo da indignação de Valéria, que, segundo a coordenadora, não estava quase desmaiando. “A pressão dela estava 12×8, e o médico não solicitou o exame de glicemia, porque a Valéria estava bem”, afirma. Além disso, Ana explica que a paciente não recebeu a insulina na hora que pediu porque ela não tinha receita médica pedindo isso.

Outro motivo que causou o desentendimento, segundo a coordenadora, é que Valéria estaria morando em Paranaguá e viria para Araucária de vez em quando para visitar parentes e utilizar os serviços do posto. Além disso, segundo a assessoria da Secretaria Municipal de Saúde de Araucária, quando Valéria retornou para Araucária ela se recusou a refazer o cadastro no Posto. “Não podemos deixar de atender ninguém, mas existem regras às quais precisamos nos adequar. O cadastro existe para que haja controle de quem pega o medicamento e para que está pegando”, explica a SMSA. “A família dela não atende os agentes comunitários e não entrega os documentos necessários”, complementa Ana.

No entanto, Valéria afirma que é moradora de Araucária, e viaja de vez em quando para Paranaguá. “Fico muito mais aqui do que lá!”, alega.

A coordenadora da unidade de Saúde conta que o drama da Valéria já é antigo, mas a paciente ainda não se adequou às regras do posto. “Não adianta querer consulta quando o médico está indo embora, ou marcar exames e não fazê-los, como aconteceu em fevereiro do ano passado, antes dela se mudar”, finaliza a coordenadora.

Leia outras notícias