A troca de acusações travada entre os vereadores Clodoaldo Pinto Jr. (PDT) e Esmael Padilha (PSL) durante a sessão plenária da última segunda-feira, dia 23, teria acabado em bate-boca, dedo na cara e até safanão. O entrevero mais acalorado entre Esmael e Clodoaldo teria acontecido na antessala do plenário, que é reservada aos vereadores, assim que a sessão foi encerrada, por volta das 22h.
De acordo com Clodoaldo, ele saiu da sessão carregando numa mão sua pasta e na outra a chave do carro. “Eu estava indo em direção à porta da antessala do plenário e ele veio na minha direção falando alto, com dedo em riste, e me acertou na parte lateral do pescoço. Eu não tive nem como reagir, pois estava com as mãos ocupadas”, relatou.
Ainda de acordo com o pedetista, assim que foi atingido, Esmael já colocou a mão na cabeça e lhe pediu desculpas. “Ele disse que ficou nervoso e que perdeu a cabeça. Eu, particularmente, não vou ficar polemizando esta estória. Mesmo assim, registrei um boletim de ocorrência e fiz exame de corpo delito”, comentou. Pessoas que estavam na Câmara na hora da confusão afirmaram, inclusive, que teriam visto Clodoaldo saindo da antessala sangrando. Sobre isso, o edil diz: “na verdade, assim que ele me acertou, a haste dos meus óculos acabou arranhando a parte de trás da orelha e sangrou um pouco”.
Por sua vez, Esmael disse que não lembra de ter acertado Clodoaldo. Foi tudo muito rápido. Eu estava nervoso por conta do discurso dele em plenário. Assim que o vi saindo, fui à sua direção gritando qual era a dele e lhe apontando o dedo. Mas, não o acertei. “Eu vi que me exaltei, por isso pedi desculpas pela situação”, argumenta.

Como começou
A confusão que aconteceu na antessala do plenário teve sua origem durante a sessão. Acontece que Clodoaldo utilizou a tribuna da Câmara para falar sobre o retorno dos alunos da Escola João Sperandio ao prédio recém reformado e que na gestão passada foi condenado à demolição. O pedetista afirmou que a situação foi tratada de maneira política e não técnica pelo ex-prefeito, Olizandro José Ferreira, e que isso teria sido feito para destruí-lo politicamente. A conversa chegou a Esmael quando Clodoaldo citou a CPI que os vereadores fizeram na gestão passada para investigar o caso e uma suposta viagem que o peesselista teria feito a Bahia para interrogar o dono da empresa que construiu o prédio da João Sperandio. De acordo com Clodoaldo, o depoimento sumiu do relatório final da CPI porque não era favorável à gestão passada.
Esmal não gostou das insinuações e disse que Clodoaldo parecia um “cachorro louco”, que atacava todo mundo. O vereador gabou-se ainda de ser honesto e que herdou virtude de seu pai. Clodoaldo – não satisfeito – retrucou e afirmou que teria que comprar óleo de peroba para passar na cara de Esmael.
Os vídeos com as declarações que foram o estopim do arranca-rabo que houve na antessala do plenário podem ser vistos no Blog do Nei (www.araucaria.zip.net).